Coluna da Roberta Scrivano

Danillo Branco: “Open Finance veio para beneficiar pessoas e não apenas instituições financeiras”

14 set 2022, 11:00 - atualizado em 12 set 2022, 11:58
Open Finance as a Service conecta instituições ao mercado regulado de maneira rápida, barata e eficiente (Divulgação)

Danillo Branco é um dos fundadores da Finansystech, a primeira techfin brasileira totalmente dedicada à construção de soluções “Open Finance as a Service”. Ou seja, que conectam instituições de qualquer tamanho ao mercado regulado de maneira rápida, barata e eficiente.

A empresa também desenvolve soluções para que empresas fora do mercado financeiro possam aproveitar as oportunidades do setor. A Finansystech já conectou quase 40 instituições brasileiras ao Open Finance de maneira ágil, segura e eficiente.

Seu primeiro contrato foi com a Sicoob, rapidamente seguido por empresas como HubFintech, Cashway, SumUp e Banco Mercantil. A empresa começou como uma maneira de acelerar o processo de adequação das instituições nos padrões regulatórios exigidos pelo Banco Central, mas hoje vai além, através de uma solução completa para instituições de todos os tamanhos.

Entretanto, a principal meta da companhia é democratizar o Open Finance e, ainda, mostrar como essa tecnologia é capaz de transformar a realidade financeira dos brasileiros. Na entrevista a seguir, o CEO da Empresa, Danillo Branco detalha não só as atividades e atuação da empresa, mas como a sociedade pode se beneficiar com o crescimento deste universo. Confira:

1 – Como, de fato, os brasileiros podem se beneficiar com o desenvolvimento do Open Finance?

Com o Open Finance, pela primeira vez os usuários são donos de seus próprios dados, e não as instituições – isso é o Open Finance na prática. Isso quer dizer que através de um
sistema seguro de consentimento, os usuários podem fazer com que os bancos e instituições financeiras de todos os tamanhos, possam usar essas informações para criar produtos e serviços mais customizados, baratos e eficientes para cada usuário. As possibilidades são infinitas, começando com produtos bancários, como empréstimos e até novos modelos de seguros ou educação financeira.

2 – Qual o tamanho do mercado de Open Finance no Brasil?

O mercado do Open Finance ainda está em construção no Brasil e no mundo. Existe um tempo considerável para que novas verticais de atuação sejam criadas, mas o país tem tido uma presença internacional rara nesse contexto. A Finansystech tem se destacado por se antecipar aos movimentos do setor, inclusive transmitindo uma visão mais ampla e profunda sobre o que está acontecendo e o que vai acontecer. Cerca de 10% da equipe da empresa integra diversos Grupos de Trabalho do Banco Central, que são grupos que ajudam a desenvolver protocolos e tecnologias e regulamentações sobre como deve funcionar o Open Finance em diferentes segmentos da economia.

3 – Quais grupos de trabalho, ações e eventos que a equipe da Finasystech está envolvida para fomentar o Open Finance?

Hoje, a Finansystech está presente em quatro grupos de trabalho: UX, Especificações, Segurança e Comunicação. Em GTs como Especificações e Segurança, nós colaboramos de forma muito ativa para construir as bases e padrões técnicos para todo o mercado. Para nós a colaboração é fundamental, seguindo a nossa proposta de incluir as pessoas e empresas no Open Finance, entendemos que somente nos dedicando e doando para a comunidade é que podemos de fato, construir algo melhor para o futuro

4 – Qual o principal produto da empresa para conectar instituições financeiras ao Open Finance?

Hoje, a Finansystech oferece o BrickBank, um conjunto de soluções que faz com que qualquer instituição de qualquer tamanho possa operar no Open Finance. Em alguns casos, a empresa pode viabilizar operações de instituições financeiras em até 48 horas. Esta é a primeira solução no mundo disponível no Marketplace Microsoft e é com certeza uma das mais inovadoras do mercado. O BrickBank é uma solução plug-and-play, onde as instituições escolhem apenas as ferramentas que precisam para iniciar seus trabalhos, deixando todo o processo mais rápido, fácil e eficiente.

5 – Na sua opinião, a tecnologia do Open Finance, com dados preciosos sobre os clientes, é acompanhada de uma estrutura de segurança proporcional? Quais são os riscos?

A confiança dos usuários é o ponto-chave para que o Open Finance funcione. Sem que os usuários confiem no sistema como um todo e dêem o consentimento para o compartilhamento dos seus dados, nada acontece. Para que isso aconteça de maneira segura, foram criados processos transparentes e democráticos desde o início, especialmente na ação dos Grupos de Trabalho, que funcionam com representantes de várias camadas da sociedade, entre bancos grandes e pequenos, fintechs, consultorias, cooperativas e acadêmicos. Esse processo garante que os protocolos de segurança sejam sempre unificados e não tragam privilégios para nenhum player do setor. E essa é uma das razões que faz com o que o Brasil seja uma das referências no Open Finance, onde temos tecnologia de ponta e uma regulação forte no setor. Apesar dos riscos estarem sempre presentes, temos processos rápidos e eficientes para evoluir o sistema constantemente.

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