Dança das cadeiras no comando da Stone, acordo à vista nos EUA e o dado que dita as cartas do Fed
Nova presidência e novo CFO na Stone & Co.
Mateus Scherer Schwening assumiu a posição de Chief Financial Officer (CFO) da Stone & Co. (STNE). O anúncio foi feito ao fim das negociações da sexta-feira (26).
Na Stone desde 2015, Mateus ocupou cargos na área de planejamento e análise financeira, alocação de capital e projetos estratégicos. Desde abril do ano passado, atua como vice-presidente de finanças.
Para o BTG Pactual, a mudança é promissora, mas chega como uma surpresa. O banco esperava que a Stone escolhesse alguém com mais experiência em ALM e com maior trânsito entre parceiros financeiros da companhia.
A companhia anunciou também que Augusto Lins deixará a presidência e passará a exercer um papel de sênior advisor do negócio. As mudanças entram em vigor em 1º de julho.
Um acordo que ninguém gosta, mas, ainda assim, um acordo
Com os mercados americanos em pausa devido ao Memorial Day, investidores acabam virando os holofotes para o desfecho da novela que ocupou o mês inteiro. Sim, trata-se do drama político envolvendo a aprovação do novo teto da dívida.
O acordo foi anunciado ontem por Joe Biden e confirmado pela sua contraparte Kevin McCarthy. O resultado final não agradou a ninguém, mas deve bastar para manter o governo americano funcional até a virada para o próximo mandato presidencial.
O resultado de quase duas semanas de encontros e desencontros é plano de dois anos que achata os gastos em 2024, com exceções para Defesa, e que permite um avanço de 1% das despesas em 2025.
Terminada a negociação entre os líderes do Executivo e da Câmara, a próxima etapa é a aprovação do novo plano em lei pelo Congresso.
Todo mundo de olho no mercado de trabalho
O mercado de trabalho continua sendo a peça desajustada para a queda da inflação nos Estados Unidos. Até aqui, as quatro leituras do payroll deram sinais de que a oferta do emprego continua forte, mesmo diante de condições monetárias mais apertadas.
Agora, para a leitura da próxima sexta-feira (2), com dados referentes ao mês de maio, os mercados voltam a procurar por sinais de arrefecimento, mirando, em última instância, maior controle da inflação de serviços.
Não só isso, um número mais fraco na criação de novas vagas pode ser essencial para desarmar a pressão colocada pelo PCE (índice de inflação preferido do Federal Reserve) na última sexta-feira. O índice de inflação veio acima da expectativa dos mercados, acumulando 4,7% nos últimos 12 meses.
Para o mês de maio, o consenso do mercado projeta uma criação de 180 mil vagas e uma taxa de desemprego próxima de 3.5%.
Qualquer resultado acima disso deve sacramentar a expectativa dominante no mercado, de que o BC norte-americano aumentará os juros em 0,25 ponto percentual (pp.).