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Dafiti eleva vendas em 15% em 2016 e vê chance de Ebitda positivo no País em 2017

06 abr 2017, 3:23 - atualizado em 05 nov 2017, 14:06

Dafiti

A Dafiti cresceu suas vendas em 15% em 2016 e acredita estar se aproximando no Brasil de seu primeiro resultado de Ebitda positivo. O valor líquido de mercadorias vendidas, já considerando os vendas do recém-lançado negócio de marketplace, atingiu R$ 1,259 bilhão no ano passado. O Ebitda ainda ficou negativo em R$ 72 milhões no ano, mas o cenário é considerado melhor para 2017.

As expectativas para 2017 são positivas para o negócio no Brasil. A jornalistas em São Paulo, o diretor Financeiro da companhia, Sergio Silvestre, considerou que a empresa trabalha para sair do território de Ebitda negativo na operação brasileira já em 2017, um fato inédito para a empresa de e-commerce fundada em 2011. O “break even” (equilíbrio) no Ebitda consolidado do Dafiti Group, porém, ainda depende de avanços nos outros países da América Latina onde a empresa atua: Argentina, Chile e Colômbia.

O presidente do grupo, Philipp Povel, afirma que a empresa tem tomado iniciativas para melhorar a rentabilidade. Em 2016, as margens foram favorecidas pela implementação de novas ferramentas de gestão do portfólio de produtos e redução de custos. Além do site de e-commerce que dá nome à empresa, o Dafiti Group detém desde meados de 2015 as marcas Tricae e Kanui e a integração das operações de todos os sites é considerada um dos fatores que contribuiu para as margens.

Embora siga negativo, o Ebitda evoluiu no ano. Saiu de R$ 240 milhões negativos em 2015 para os R$ 72 milhões negativos de 2016. A margem Ebitda era negativa em 25% e hoje é de 6% negativos. Apesar dos avanços, a companhia segue acumulando prejuízos desde a sua fundação, afirmam os executivos, sem revelar os montantes de perda dos últimos anos.

Mesmo com uma melhora no Ebitda, atingir o lucro ainda depende de uma evolução das despesas financeiras. Silvestre destaca que a companhia tem registrado despesas financeiras com antecipação de recebíveis de suas vendas à prazo. O caixa para manter as atividades até hoje tem vindo de aportes dos principais acionistas do grupo. A Dafiti é parte do Global Fashion Group, empresa de e-commerce que reúne ativos em diversos países emergentes e tem por trás dois investidores de peso: a empresa sueca de investimentos Kinnevik e a alemã Rocket Internet. Povel avalia que o grupo hoje está bem capitalizado.

Ele descarta a hipótese de que a operação da Dafiti na América Latina possa ir a mercado por meio de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), como deve ocorrer com um concorrente nacional: a Netshoes, que protocolou pedido de listagem na Bolsa de Nova York (Nyse).

“Não temos um plano concreto e não há necessidade”, afirmou o executivo da Dafiti. Por outro lado, a Dafiti tem procurado diversificar suas fontes de financiamento, afirma Silvestre. De acordo com ele, a companhia está em conversas com grandes bancos brasileiros sobre linhas de financiamento. Há esforços ainda para estudar a possibilidade de captação por meio de bancos internacionais de desenvolvimento para recursos destinados a projetos específicos.

“Estamos buscando alternativas localmente nos países em que atuamos”, disse, acrescentando que a queda das taxas de juros no Brasil deve contribuir com esse processo.

(Por Dayanne Sousa)

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