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Dados do desemprego jogam “balde de água fria” no Ibovespa

30 jun 2021, 12:23 - atualizado em 30 jun 2021, 12:31
Ibovespa
Às 12:23, o Ibovespa caía 0,67%, a 126.475,67 pontos. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, com papéis de consumo entre as maiores quedas, em meio a dados ainda elevados sobre o desemprego no país, enquanto Petrobras figurava entre os destaques positivos na esteira da alta do petróleo no exterior.

Às 12:23, o Ibovespa caía 0,67%, a 126.475,67 pontos. O volume financeiro somava 8,2 bilhões de reais.

Tal desempenho quase zerava a alta em junho, de 0,27% até o momento, distanciando o Ibovespa das máximas registradas no começo do mês, quando renovou recordes a 130.776,27 pontos para o fechamento e 131.190,30 pontos no intradia.

No acumulado do ano, o Ibovespa ainda mostra elevação de 6,33%.

Mais cedo, o IBGE divulgou que desemprego e número de desempregados no Brasil permaneceram em taxas recordes nos três meses até abril. Apesar de esperado, tal cenário é desfavorável para uma aceleração no consumo no país.

Para o estrategista-chefe do banco digital modalmais, Felipe Sichel, contudo, nos próximos meses, a aceleração da vacinação deve ajudar no controle da pandemia e na melhora dos indicadores do mercado de trabalho.

Turbulências políticas internas também estão no radar, segundo o economista-chefe da SulAmérica Investimento, Newton Rosa, assim como os sinais de agravamento da crise hídrica, por causa dos potenciais efeitos no comportamento da inflação.

Em Wall Street, o S&P 500 trabalhava perto de máximas históricas, com dados de emprego do setor privado dos Estados Unidos mostrando um aumento acima do esperado na criação de vagas em junho, embora menor que maio.

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Destaque

B2W (BTOW2) perdia 3,2%, com outras varejistas também em queda, após números ainda negativos sobre a recuperação do mercado de trabalho no país. Magazine Luiza (MGLU3) caía 2,45%, tendo ainda no radar anúncio de que iniciou investimentos para abrir 50 lojas no Estado do Rio de Janeiro este ano.

CVC Brasil (CVCB3) recuava 3%, com os dados de emprego corroborando alguma correção nos papéis, que no mês ainda acumulam valorização de cerca de 13%.

Itau Unibanco (ITUB4)cedia 0,8% e  Bradesco (BBDC4)  caía 0,7%, ainda sofrendo com as potenciais mudanças propostas na segunda fase da reforma tributária. Banco Inter (BIDI11) subia 4,3%, após aprovar pagamento de juros sobre capital próprio e em meio a movimento recente de estrangeiros comprando participações em fintechs brasileiras.

CCR (CCRO3) valorizava-se 1,1%, após acordo preliminar sobre disputas judiciais com o Estado de São Paulo envolvendo aditivos de concessões acertados em 2006. Pelo acordo, controladas da companhia se comprometeram com pagamento total de 1,2 bilhão de reais ao governo paulista.

Petrobras (PETR4) subia 1,5%, beneficiada pela alta dos preços do petróleo no exterior. No setor, PetroRio (PRIO3) avançava 2,7%.

Vale (VALE3) ganhava 0,5%, mesmo com os futuros do minério fechando em queda nesta quarta-feira, uma vez que os contratos acumulam o sétimo trimestre consecutivo de ganhos. No setor de mineração e siderurgia, porém, o sinal negativo prevalecia.  CSN (CSNA3) recuava 2%, tendo ainda no radar aquisição da Elizabeth Cimentos e Mineração.

Energisa (ENGI11) caía 2,55%, após arrematar lote no leilão de projetos de transmissão de energia nesta quarta-feira, com oferta que representou forte deságio. Energias do Brasil (ENBR3), que também levou um lote, perdia 1,1%.