Dados de queimadas na Amazônia precisam ser corrigidos; provavelmente foi pior mês de agosto em 10 anos
Os dados oficiais de agosto sobre focos de incêndio na Amazônia precisam ser corrigidos e provavelmente vão mostrar uma alta na comparação com o ano passado, o que significará o pior mês de agosto em uma década, disse à Reuters um dos pesquisadores responsáveis pelos números, nesta quarta-feira.
Reportagens publicadas na mídia brasileira disseram que as queimadas na Amazônia caíram 5% em agosto, citando os dados atualmente disponíveis no sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que não estão corretos, segundo o pesquisador Alberto Setzer.
O pesquisador do Inpe, que trabalha na produção dos dados oficiais sobre queimadas, disse que o registro de dados finalizados sofreu um atraso por um erro em uma satélite da Nasa.
Quando a questão for resolvida, afirmou, agosto deste ano provavelmente registrará um aumento de 1% a 2% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Isso significa que seria o pior mês de agosto em números de queimadas desde 2010.
“Vai subir. O número de incêndios, focos de incêndio, vai aumentar. Talvez 1% ou 2%, eu diria”, afirmou Setzer.