Dados de inflação reforçam que não há espaço para corte de juros nos EUA, diz Avenue
A inflação dos Estados Unidos (EUA) ainda é uma preocupação para o mercado. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,5%, acima das expectativas, o que, segundo William Castro, estrategista-chefe da Avenue, reforça as últimas perspectivas do Federal Reserve (Fed).
“Em janeiro, o comitê de política monetária deu um tom mais firme, sem a perspectiva de que a inflação caminhava para uma redução. Pelo contrário, reforçaram que a inflação volta a ser uma preocupação, e se ela é uma preocupação não tem espaço para cortar juros”, disse Castro em entrevista ao Giro do Mercado desta quarta-feira (12).
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De acordo com o analista, o tom do Fed deve se manter, já que os dados de inflação mostraram força em diversos segmentos, como alimentação e moradia. Com a economia firme e a projeção de que eventuais tarifas implementadas pelo presidente Donald Trump podem afetar o preço de alguns produtos, os riscos inflacionários são ainda maiores.
Dólar x real
Castro também comentou sobre a recente queda no dólar frente ao real. O especialista afirma que uma conjunção de fatores foi responsável pelo recuo da moeda americana, como o recuo de Trump em relação a tarifas em um primeiro momento, a postura do Fed com os juros no Brasil e a entrada de capital estrangeiro na B3 em janeiro.
No entanto, a situação positiva pode ser breve, diz. “Nenhum desses fatores foi uma mudança estrutural. Não houve melhora na projeção do PIB brasileiro, da inflação ou do déficit fiscal do Brasil. Não mudou a postura do governo. Foram pontos conjunturais e temporários, que podem durar um, dois ou três meses”, afirmou Castro.
O analista ainda comentou sobre a relação de Trump com o Fed e os impactos da economia americana em outros mercados internacionais. Para assistir ao programa na íntegra, acesse o canal do Money Times no youtube.
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