Novos dados de inflação podem movimentar o mercado: Veja o que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana

A divulgação de novos dados macroeconômicos relacionados à inflação no Brasil e nos Estados Unidos (EUA) podem movimentar o mercado de renda fixa nesta semana.
O Banco Central (BC) divulga a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta terça-feira (25), com a expectativa do mercado por mais detalhes sobre as próximas decisões.
Após três altas consecutivas de 1 ponto percentual (p.p) na taxa Selic, agora em 14,25%, o Copom antecipou que o ritmo de elevação dos juros deve desacelerar. O movimento acompanha a atividade econômica no país, que já dá sinais de retração.
Nos EUA, o Federal Reserve (Fed) optou por manter a taxa de juros no mesmo patamar de 4,25% a 4,50% ao ano, com cautela até que a inflação no país esteja controlada.
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Neste cenário, os juros futuros brasileiros encerraram a semana com abertura ao longo da curva. As taxas de juro real tiveram alta, com as NTN-Bs (Tesouro IPCA+) subindo para patamares próximos aos 7,86%, de acordo com a XP Investimentos.
Com exceção do NTN-B 2027, os títulos do Tesouro fecharam positivos na última semana. O destaque de maior valorização no período foi o NTN-B 2050, com 0,61%, e a menor variação ficou com NTN-B 2028, com 0,01%.
No mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram a semana estáveis. O índice IDEX-DI fechou em 2,07%, contra os 2,08% da semana anterior.
Ainda de acordo com a XP, os prêmios das debêntures isentas tiveram uma queda. O fluxo médio diário de negociações foi de R$ 672 milhões em debêntures não incentivadas, R$ 1,1 bilhão em debêntures incentivadas, R$ 221 milhões em CRIs e R$ 221 milhões em CRAs.
O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?
No Boletim Focus desta segunda-feira, os economistas ouvidos pelo BC reduziram as projeções para a inflação em 2025, de 5,66% para 5,65%. A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) também caiu, de 1,99% para 1,98%.
O mercado aguarda o tom do comunicado do BC, que será divulgado nesta terça (25), para entender os próximos passos da política monetária brasileira. O banco também divulga o Relatório Trimestral de Inflação, que pode mexer com as expectativas dos economistas.
Ainda, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta quinta-feira (27) o IPCA-15, com a prévia da inflação de março. Os analistas da XP esperam alguma moderação em comparação com o mês anterior, embora reconheçam o cenário desafiador.
Na sexta-feira (28), o mercado internacional deve se movimentar com a divulgação do PCE (índice de preços), principal indicador da inflação dos EUA.
A XP ainda destaca outros indicadores de atividade econômica no Brasil, como o saldo de empregos formais (relatório Caged) e a taxa de desemprego (PNAD Contínua) de fevereiro, também revelados na sexta.
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