Da ajuda à economia acertada no Congresso dos EUA, US$ 13 bilhões irão para o agronegócio

O que o mundo do agronegócio fora dos Estados Unidos não leu do novo pacote de ajuda à economia, de US$ 900 bilhões, é que os produtores dentro e fora da porteira receberão uma cota gorda pela conta paga da covid-19. Do leite à fruticultura, do gado ao frango, da banda larga rural à garantia de mais verbas para o programa de assistência alimentar, serão US$ 13 bilhões no total.

O pacote finalmente acordado pelos líderes do Congresso americano – e que o presidente Donald Trump ameaça não assinar – amplia os subsídios aos produtores sobre socorro já liberado no início da pandemia.

Em setembro, o governo americano já havia anunciado essa nova rodada ao setor, mas faltava a aprovação dos parlamentares.

A American Farm Bureau (FB), a mais importante entidade classista do país, comemora, alinhando, em seu site, os principais destaques e grupos beneficiários.

Um dos casos mais expressivos, que deverá ter impacto internacional, uma vez que os Estados Unidos são players em commodities, será a verba de US$ 20 por acre (1 X 0,404 hectares) estendida aos produtores de soja, milho, sorgo, girassol, algodão e trigo.

“Com 91 milhões de acres de milho plantados em 2020 e com base em um pagamento de US $ 20 por acre, os produtores de milho devem receber US $ 1,8 bilhão em apoio financeiro”, cita a FB, como exemplo.

Nessa variante do programa, a soma para todas as culturas deve chegar a US$ 5 bilhões. Culturas consideradas “especiais”, como frutas e castanhas, terão direito a US$ 100 milhões.

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Os pequenos frigoríficos estão listados com US$ 60 milhões, visando aumento da capacidade processadora, refletindo no ganho da oferta dos produtores rurais.

A entidade que reúne os fazendeiros americanos acredita que isso ajudará parte dos produtores, que tiveram contratos cancelados no auge da covid, a recuperarem até 80% das perdas a médio prazo. Também haverá recursos para produtores de todas as proteínas que tiveram que sacrificar animais.

Ainda sob várias linhas básicas anunciadas, estão programas de apoio indireto aos produtores.

Entre eles, no setor de leite, ajuda para os laticínios a bancarem parte de seus programas de doações, bem como apoio ao desenvolvimento do comércio regional de produtos agrícolas.