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Da acumulação à euforia: os 3 passos do Ibovespa de volta ao recorde

11 set 2017, 23:14 - atualizado em 05 nov 2017, 13:55

B3

O comportamento gráfico do Ibovespa nos últimos 20 meses é uma aula de análise técnica, nota o Banrisul em seu relatório mensal. Isso porque, segundo os analistas Fabio F Gonçalves e Guilherme C Volcato, o índice anulou sua tendência primária de baixa (iniciada no topo de 2010) em julho de 2016 ao romper um canal de baixa.

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“A partir daquele momento, foi possível perceber que nos encontrávamos em um novo momento: uma tendência primária de alta, que poderia nos levar de volta até aquele mesmo patamar. Embora em termos de fundamento não fosse razoável supor que isto aconteceria, graficamente era possível – e aconteceu”, destacam.

Eles apontam para três principais etapas:

1ª – Acumulação (entre janeiro e fevereiro de 2016)

Neste período, Gonçalves e Volcato explicam que o mercado “virou a mão”, ou seja, quando a maioria dos agentes, cansado dos prejuízos, ainda querem vender e o noticiário continua negativo. É um período que costuma ser curto, mas com uma alta intensa nos preços dos ativos.

“Estes são comprados por investidores fundamentalistas, que conseguem perceber que as ações estão muito baratas, independente das condições econômicas de curto prazo. Isto correu entre janeiro e fevereiro de 2016, quando ainda parecia que o Brasil ia literalmente “quebrar”.

2º – Alta sensível (entre março de 2016 e junho de 2017)

Aqui é quando os “grafistas” entram no mercado, aponta o Banrisul. “Trata-se do período mais longo do ciclo, com uma alternância bem clara entre movimentos de alta e baixa – ao sabor das notícias”.

3º – Euforia (Momento atual)

Neste ponto, ressalta o Banrisul, o mercado já se mostra caro, mas é quando a mídia começa a tratar dos recordes com empolgação. Isso atrai investidores inexperientes em busca do rendimento passado.

“A volatilidade das ações aumenta, bem como o volume movimentado na Bolsa, o que leva muitos “analistas” a divulgarem relatórios cada vez mais otimistas, mesmo que os preços já estejam inflacionados. Alguém ainda quer comprar Magazine Luiza (MGLU3) ???”, destacam os analistas.

O que esperar

Agora, a corretora do banco avalia que nos últimos dois meses muitas ações aceleraram o seu ritmo de valorização em comparação ao período anterior. “Some-se a isto “múltiplos” nas máximas de muitos anos e veremos que estamos muito próximos de um movimento de “exaustão” dos compradores”, dizem.

Com isso, fica mais difícil encontrar ações com alta liquidez e boa relação risco versus retorno. “Uma nova disparada em setembro poderá nos forçar a adotar medidas “não convencionais” para outubro“, pontuam Gonçalves e Voncato.

Carteira

A carteira de setembro do Banrisul conta com a entrada da Cielo (CIEL3) no lugar que antes estava ocupado pela JBS (JBSS3) e pela B2W (BTOW3).

“A empresa vem apresentando em 2017 uma leve queda na lucratividade – algo natural, tendo em vista o impressionante crescimento visto nos últimos anos. Assim, uma vez que a maioria dos riscos não são novos (e parecem precificados), este momento pode ser visto como um bom momento para comprar uma das melhores Blue Chips brasileiras”, explicam.

Em agosto, o Banrisul obteve variação positiva de 15,25%, contra 7,46% do Ibovespa. Em 2017, o portfólio acumula valorização de 38,67% (21,07% do Ibovespa).

Veja a carteira para este mês:

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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