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Cyrela vê custos com preocupação, mas cenário não deve impactar margens, diz CFO

09 ago 2024, 13:48 - atualizado em 09 ago 2024, 13:48
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Segundo CFO da Cyrela, a geração de caixa no primeiro trimestre veio um pouco acima da expectativa. (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

A Cyrela (CYRE3) tem observado uma alta nos custos de construção, tema que é visto com preocupação pela liderança da companhia, mas isso não deve impactar as margens futuras da construtora, afirmou o diretor financeiro da empresa, Miguel Mickelberg, nesta sexta-feira (09).

“Os nossos custos têm ainda subido, em geral, um pouco acima do INCC”, afirmou o executivo, referindo-se ao Índice Nacional de Custo da Construção.

“Não acho que vai gerar impacto nas nossas margens brutas para frente, mas com certeza é um dos temas com os quais a gente mais tem que prestar atenção e gerenciar aqui dentro”, acrescentou.

Os comentários foram feitos durante teleconferência com analistas após a Cyrela reportar na noite da véspera lucro de 412 milhões de reais no segundo trimestre.

“Custos estão entre nossas maiores preocupações, a gente já vem falando há vários ‘calls’ sobre a escassez de mão de obra que a gente tem em São Paulo”, afirmou Mickelberg junto ao presidente da Cyrela, Raphael Horn. “Tem sido difícil navegar nesse ambiente.”

Mesmo assim, os executivos disseram que ainda veem a margem bruta da companhia rondando um patamar próximo de 33% a 34%.

Com relação a fluxo de caixa, o CFO afirmou que se mantém a expectativa sinalizada no início do ano de caixa neutro ou geração de até 200 milhões de reais em 2024.

Entre abril a junho deste ano, o consumo de caixa somou 61 milhões de reais, versus geração de 22 milhões de reais no mesmo período do ano passado e contra fluxo positivo de 130 milhões no trimestre imediatamente anterior.

Segundo Mickelberg, a geração de caixa no primeiro trimestre veio um pouco acima da expectativa, enquanto os números do segundo trimestre foram levemente inferiores ao esperado.

“Para o ano que vem a dinâmica deve ser mais favorável, mas é claro que ainda é muito cedo para falar”, afirmou o executivo.

“Nossos modelos são muito sensíveis, principalmente à compra de terrenos e vendas… mas a gente imagina que no ano que vem a gente tenha uma dinâmica mais positiva.”

No primeiro semestre deste ano, a Cyrela registrou uma geração de caixa de 69 milhões de reais, ante consumo de 13 milhões nos primeiros seis meses de 2023, de acordo com relatório de resultados divulgado na quinta-feira.

reuters@moneytimes.com.br