Cyrela: joint ventures devem contribuir para expansão regional, avalia BB Investimentos
Os efeitos da pandemia de covid-19 vieram para a Cyrela (CYRE3) também. Com um lucro 40% menor e uma queda de 81% do VGV (Valor Geral de Vendas) de lançamentos no segundo trimestre de 2020, a companhia apresentou números fracos do período.
“Consideramos o resultado da Cyrela no segundo trimestre fraco, haja vista a queda de desempenho em lançamentos e vendas, bem como a queda das receitas em decorrência de menores vendas dos estoques”, destacou Kamila Oliveira, analista do BB Investimentos.
Apesar da visão negativa sobre o balanço, o BB Investimentos reiterou seu otimismo sobre a companhia no longo prazo, tanto que manteve a recomendação de compra e elevou o preço-alvo da ação para R$ 29 ao fim de 2021.
“Nossas perspectivas de longo prazo para o setor imobiliário permanecem otimistas, deixando espaço para a Cyrela se destacar em lançamentos e vendas à medida que o mercado volte a aquecer, o que ajudará a melhorar gradualmente suas margens”, explicou Oliveira. Segundo a analista, as joint ventures Lavvi, SKR Cyma, Plano&Plano e Cury devem contribuir para a execução da estratégia de expansão regional da empresa e seu crescimento em outros segmentos de mercado.
O BB Investimentos revisou as projeções e agora espera que os lançamentos da Cyrela totalizem R$ 3,8 bilhões em 2020 e R$ 3,9 bilhões em 2021. As vendas líquidas estimadas para os dois anos são de, respectivamente, R$ 3,8 bilhões e R$ 4,7 bilhões. A margem Ebitda deve cair 2,3 pontos percentuais neste ano.