Cyrela está “sólida” para voltar a crescer após a pandemia, diz BTG Pactual
Após um segundo trimestre de resultados fracos, a Cyrela (CYRE3) está preparada para uma recuperação.
Mesmo tendo lançado menos empreendimentos no período, a companhia mostrou uma “sólida velocidade de vendas […] que deve continuar crescendo nos próximos meses”, de acordo com o BTG Pactual (BPAC11). O banco adotou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 27 para a ação da empresa.
As vendas líquidas contratadas da Cyrela atingiram R$ 818 milhões no trimestre, queda de 57% no comparativo anual. O lucro líquido da companhia caiu 40,4% e totalizou R$ 68 milhões, enquanto a receita liquida encolheu 10,4%, para R$ 839 milhões.
Segmento de baixa renda
As vendas enquadradas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foram o principal destaque operacional do balanço da Cyrela, mostrando a resiliência do segmento de baixa renda durante a crise.
Nesta terça-feira (25), o governo federal lançou o Casa Verde e Amarela, criado para substituir o MCMV.
O projeto busca ampliar o programa habitacional por meio da regularização de imóveis, do incentivo a juros baixos para financiamentos imobiliários e da finalização de obras paradas.
Com a redução na taxa de juros do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o governo espera atingir 1,6 milhão de famílias de baixa renda até 2024.
De acordo com a XP Investimentos, a notícia é positiva para as incorporadoras do segmento, em especial à MRV (MRVE3) e à Tenda (TEND3).