Cyrela é “impressionante” e anima mercado com “forte” resultado e alta velocidade
Diante da divulgação da prévia operacional do terceiro trimestre da Cyrela (CYRE3), BTG Pactual e Credit Suisse publicaram relatórios sobre os dados operacionais e avaliaram perspectivas para a construtora.
A construtora lançou 22 projetos entre julho e setembro deste ano, com valor potencial de R$ 1,78 bilhão de vendas, montante “impressionante” para o BTG e “surpreendente” para o Credit Suisse.
Para o BTG Pactual, “os resultados operacionais foram fortes, com surpresa positiva nas vendas e nos lançamentos”, superando “as expectativas mais otimistas”.
“Estamos otimistas com o setor imobiliário de média e alta renda e reiteramos a recomendação de compra para a ação”, afirma o banco, destacando o múltiplo P/VPA (Preço sobre Valor Patrimonial) de 1,95 vez.
Acima do guidance
Mais importante do que a prévia, na avaliação do banco, são os lançamentos acima do guidance (planejamento inicial da empresa) de R$ 4 bilhões por ano entre 2019 e 2021, além do retorno sobre o patrimônio líquido acima do objetivo de 15%.
Além disso, as “vendas fortes” de imóveis do estoque “devem guiar sólido fluxo de caixa” para a companhia, de acordo com os analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio.
O BTG Pactual também destaca positivamente a taxa de VSO (Vendas sobre Oferta) de 22%. O número é oito pontos percentuais acima dos 14% vistos no mesmo período do ano anterior e abaixo dos 27% vistos no segundo trimestre deste ano, patamar considerado “astronômico” pela equipe de análise.
Positiva
Por sua vez, o Credit Suisse avaliou a prévia como “positiva”, ressaltando o impacto no fluxo de caixa da Cyrela pelas vendas de imóveis do estoque, além da comercialização de imóveis de lançamentos, que mostraram “forte performance”.
“Na nossa avaliação, se a demanda continuar a crescer, a Cyrela pode potencialmente se tornar um pouco mais cíclica e operar em níveis acima do limite de R$ 4 bilhões, podendo adicionar valor as ações”, afirmam os analistas Luis Stacchini, Eduardo Costa e Vanessa Quiroga.
Por último, em relação ao VSO, o banco destaca que o patamar próximo a 22% é superior aos concorrentes de alta e média renda, como Eztec (EZTC3) e Even (EVEN3), com taxas de 21% e 12% – respectivamente.
Indicações
A recomendação do Credit Suisse para as ações é de outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 20,00 em doze meses. Caso se materializem as projeções, o papel apresentará desvalorização de 23,6% de acordo com o último fechamento.
Em linha, o BTG Pactual detêm recomendação de compra para as ações e preço-alvo de R$ 27,00 em doze meses – potencial de valorização de 3,1% em relação ao último fechamento.