Cyrela (CYRE3) desafia o cenário difícil com números robustos; analistas dizem por que ação é ‘compra’
A Cyrela Brazil Realty (CYRE3) figurava entre as poucas altas do dia logo na abertura do mercado nesta quarta-feira (09). O movimento positivo vem após a divulgação da prévia operacional do terceiro trimestre 2024 (3T24), que já era esperado pelos analistas do mercado.
A construtora e incorporadora mostrou ao mercado que as vendas contratadas da empresa atingiram R$ 3,2 bilhões, avanço de 41%, enquanto a velocidade de vendas (VSO) em 12 meses chegou a 54,9%, alta de 7 pontos percentuais.
Além disso, o valor geral de vendas (VGV) lançado chegou a R$ 3,1 bilhões no terceiro trimestre de 2024, alta de 44% na base anual. Foram 15 lançamentos no período.
A ação é a principal escolha da XP Investimentos entre as construtoras de médio e alto padrão. Para o time de Real Estate da casa, os números mostraram um forte desempenho da VSO e o “robusto poder de precificação” da companhia.
A instituição destaca ainda a resiliência da demanda pelos projetos da Cyrela, apesar de um ambiente macroeconômico desafiador, marcado pelo aumento das taxas de juros e pela diminuição do poder de compra no segmento de média renda.
Para o Goldman Sachs, esse desafio macroeconômico seria um ponto de atenção para o futuro da companhia e que faz resistência ao otimismo dos analistas. Há uma expectativa de que o forte desempenho observado nos últimos 2 anos e meio desapareça, impulsionado pela alta nas taxas.
No entanto, a casa segue olhando para os números sólidos e bons fundamentos da empresa, destacando o posicionamento da Cyrela no setor de médio e alto padrão em São Paulo e as tendências de oferta e demanda na região.
O BTG Pactual, por sua vez, destacou os lançamentos e vendas que superaram suas expectativas. As vendas líquidas totalizaram R$3,2 bilhões, 6% acima das projeções do banco.
“A execução da Cyrela tem sido impecável, desafiando as difíceis condições macroeconômicas difíceis e, portanto, justificando nosso otimismo em relação ao nome. Com as ações negociadas em uma avaliação atraente, mantemos nossa classificação de compra.”, avaliam os analistas.
XP e Goldman também seguem com recomendação de compra com preço-alvo em R$ 30 e R$ 33, respectivamente.
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