CVM reforça alerta sobre atuação irregular da Tokinvest e Zurc
A Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) continua recebendo consultas, reclamações e denúncias a respeito da atuação no mercado de duas empresas que não possuem autorização.
A CVM havia determinado, em maio, à Tokinvest Serviços Financeiros BR e à Zurc Administração e Investimentos que parassem de veicular a oferta de quaisquer valores mobiliários, de forma direta ou indireta. Além disso, a CVM comunicou ao Ministério Público os indícios de condutas tipificadas nas Leis 6.385/76 (atuar no mercado de valores mobiliários sem prévia autorização da CVM) e 7.492/86 (oferecer e negociar valores mobiliários sem registro prévio da oferta na CVM).
“No caso da Zurc foram informados também os indícios de crime contra a economia popular (pirâmide financeira)”, diz a autarquia. Apesar disso, a CVM segue recebendo reclamações e denúncias sobre os envolvidos. “Também foi verificada a existência de informações inverídicas na internet dando conta de que a situação das empresas teria sido regularizada junto à autarquia”, destaca a autarquia, em nota.
“Diante desses fatos, a SMI reforça que as referidas empresas e os seus sócios não possuem autorização da CVM para atuarem no mercado de valores mobiliários e informa que está tomando as medidas cabíveis, que incluem a aplicação das multas cominatórias previstas nos Atos Declaratórios e a instauração de processos administrativos sancionadores, além de estar avaliando a tomada de medidas judiciais complementares.”
Empresas
A Tokinvest Serviços Financeiros BR Ltda, seus sócios Fabiana dos Santos Silva e Jerônimo Cavalcante Sampaio e o preposto Felipe Correa foram objeto de ato declaratório da CVM que determinou a suspensão imediata da veiculação de qualquer oferta pública de oportunidades de investimento em valores mobiliários, de forma direta ou indireta, e das atividades de intermediação, compras e vendas de valores mobiliários.
Já a Zurc Administração e Investimentos, e seus sócios Samuel da Cruz e Leandro lbanez foram proibidos de captar clientes e veicular de qualquer oferta de investimento em valores mobiliários, de forma direta ou indireta.
(Por Fátima Laranjeira)