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CVM investiga ex-gerente da Petrobras por insider trading

20 jul 2022, 16:28 - atualizado em 20 jul 2022, 16:28
Petrobras
Ex-gerente foi demitido por negociar ações na Bolsa usando informações privilegiadas (Imagem: Bloomberg)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) esta investigando o ex-gerente executivo de recursos humanos da Petrobras por eventual prática de crime de insider trading. Claudio Costa, que ocupou a posição na gestão de Roberto Castello Branco, entre 3 de janeiro de 2019 a 13 de abril de 2021, esta sendo acusado de usar informações privilegiadas para lucro pessoal.

O processo foi instaurado pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários em março de 2021. A CVM analisa operações com indícios de uso de informação privilegiada envolvendo ativos e derivativos relacionados à Petrobras nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2021.

A denuncia foi feita pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) por suspeitas de movimentações atípicas com ações, baseadas em informações privilegiadas.

“No que se refere à denúncia a respeito de eventual prática de crime de insider trading cometido pelo então gerente executivo de recursos humanos, Sr. Claudio da Costa, cumpre informar que, em 02.03.2021, foi instaurado pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários — SMI o Processo CVM SEI no 19957.001646/2021-76, cujo objeto é investigar, dentre outros assuntos, eventuais negociações atípicas e quaisquer irregularidades envolvendo administradores da Companhia, dentre os quais se encontra o referido ex-administrador”, diz o ofício da CVM.

Claudio Costa foi demitido em 29 de março de 2021 por negociar ações da empresa em Bolsa poucos dias antes do anúncio do lucro recorde do quarto trimestre de 2020. Na ocasião, a Petrobras, em comunicado ao mercado financeiro, alegou que aquele era um “episódio pontual de insider trading”.

“A FUP aguarda para breve o resultado do processo da CVM contra Claudio Costa, demitido por prática de insider trading. A Petrobras, ela mesma, admitiu as negociações irregulares com informações privilegiadas, que quebraram as regras de governança e código de ética da companhia”, destacou o coordenador-geral da Federação, Deyvid Bacelar.

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