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CVC: explosão do turismo não chega e cifras do 2º tri decepcionam; ações desabam 8,6%

16 ago 2021, 17:38 - atualizado em 16 ago 2021, 17:42
CVC Brasil CVCB3
Segundo a Ágora Investimentos, a empresa divulgou resultados mistos, com as reservas com tendência positiva, apesar das medidas de distanciamento social durante o trimestre (Imagem: Reprodução/Facebook/WestShopping Rio)

As ações da CVC (CVCB3) caíram 8,56% nesta segunda-feira após a divulgação dos seus números do segundo trimestre, mais fracos do que o esperado. Além disso, a variante delta da Covid ainda continua no radar dos investidores. 

A companhia registrou prejuízo de R$ 175,6 milhões, melhora em relação ao segundo trimestre de 2020 (R$ 252 milhões de prejuízo), mas 10% abaixo do esperado.

De abril a junho, a receita líquida da companhia somou R$ 115,6 milhões, ante R$ 3 milhões na mesma etapa de 2020, segundo a CVC em virtude da retomada das atividades, mesmo com um repique da pandemia.

Segundo a Ágora Investimentos, a empresa divulgou resultados mistos, com as reservas com tendência positiva, apesar das medidas de distanciamento social durante o trimestre. 

As vendas líquidas ficaram 75% abaixo de 2019 e 9% menor do que em relação à estimativa do Bradesco BBI devido aos níveis mais baixos de passageiros embarcados e um maior mix de reservas pré-Covid embarcadas com margem inferior.

Para a corretora, o problema da take rate (percentual da receita líquida sobre as reservas) parece temporário, visto que um dos motivadores foi o embarque de reservas anteriores à Covid que haviam sido adiadas.

A alta sequencial das reservas de pacotes, com crescimento de 25%, é um ponto positivo, mas ficou 50% abaixo de 2019.

“Essa queda está amplamente em linha com o número de passageiros e a capacidade disponível de assentos informados pela companhia aérea Gol no segundo trimestre”, pondera.

Apesar do avanço da vacinação, os riscos ainda permanecem com o potencial de impactos negativos da nova variante delta, lembra. Para piorar, as ações estão sendo negociadas a um forte preço sobre lucro de 38x estimado para 2023.

A Guide afirma que a receita ficou abaixo do esperado pelo consenso de mercado e a empresa ainda patina em sua recuperação. “Os números das aéreas já estão um pouco melhores e a CVC não tem acompanhado”, completa. 

Já para o BTG, embora o segundo trimestre tenha sido novamente atingido pelo impacto negativo da Covid-19, a tendência mais fraca do que o esperado pode pesar sobre o papel. 

“No entanto, sinalizamos que a maioria desses efeitos devem ser temporários”, acrescenta.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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