CVC (CVCB3) virou a chave no 3T23? Veja se chegou a hora de comprar as ações
Às 15h50 do pregão desta segunda-feira (06), as ações da CVC Brasil (CVCB3) firmaram queda de 8,21%, a R$ 2,98. No começo do dia os papéis até tentaram uma eventual alta, mas sem sucesso.
O movimento vem após a divulgação do balanço referente ao terceiro trimestre de 2023 (3T23). O grupo de turismo registrou prejuízo líquido de R$ 87,5 milhões, contra perda de R$ 75 milhões um ano antes.
Os números da companhia vieram mistos, avaliam os analistas de Ágora, Bradesco BBI e BTG Pactual. A CVC está no caminho de uma recuperação da lucratividade, mas ainda vem queimando caixa.
O BBI e a Ágora mantêm premissas conservadoras sobre o case, com recomendação neutra e preço-alvo para 2024 de R$ 3. O BTG também tem indicação neutra, mas o alvo é em R$ 13.
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CVC no 3T23
Na análise do BBI e da Ágora, a CVC lançou iniciativas no trimestre para aumentar o take rate (indicador de rentabilidade). Isso foi um dos destaques do trimestre, pois colocou o indicador em linha com os níveis históricos, em 9,6%.
Além disso, a CVC concentrou as despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) em iniciativas de marketing para recuperar as preferências dos consumidores. No entanto, sofreu queima de caixa de R$ 400 milhões, impactada pela deterioração da dinâmica do capital de giro, uma vez que reduziu o desconto de recebíveis.
“As iniciativas da nova equipe de gestão liderada pelo novo CEO, Fabio Godinho, parecem estar no caminho certo para proporcionar uma melhor rentabilidade para a empresa. No entanto, ainda temos preocupações sobre a estrutura de capital da CVC e as necessidades de capital de giro do negócio no futuro”, dizem Felipe Cassimiro e José Cataldo em relatório.
Luiz Guanais e a equipe do BTG Pactual, ainda destacam que as reservas trimestrais foram fracas. As reservas da companhia caíram 7%, com as reservas no Brasil caindo 3% e, na Argentina, 17%.
A receita líquida do Brasil totalizou R$ 306 milhões (+21%), com as receitas B2C aumentando 34% e vendas nas mesmas lojas (SSS) cresce 21% a/a. Já receita B2B do país caiu 2%. Por fim, a receita líquida consolidada aumentou 11%, mas abaixo das expectativas.