CVC (CVCB3), Marcopolo (POMO4) e mais: Recuperação do setor de turismo começa no 4T22, dizem analistas
O quarto trimestre é sempre um destaque para o setor de turismo, e a alta temporada pode causar movimentações no desempenho das empresas, disse a Terra Investimentos.
Os analistas Régis Chinchila e Luis Novaes avaliam que, neste período, as empresas que conseguem capturar a demanda momentânea devem ser as mais beneficiadas, como a CVC Brasil (CVCB3), que vende diretamente ao consumidor final.
As empresas de indústria auxiliar, como Marcopolo (POMO4), Tupy (TUPY3) e Embraer (EMBR3), são beneficiadas com a retomada do setor, segundo Chinchila e Novaes, “o que iria proporcionar maior investimento das empresas de transportes aos clientes desse segmento”.
Para a Genial Investimentos, assim como CVC, as aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) devem seguir o movimento e reportar números melhores em dezembro.
4T22 de recuperação
O time de análise da Terra enxerga o quarto trimestre como o início da recuperação do setor, que, segundo analistas, não deve ser rápida. Chinchila e Novaes dizem que a situação econômica ainda não é favorável ao consumo no país.
“Os juros foram elevados para segurar a inflação impulsionada pela pandemia de Covid-19 e guerra da Ucrânia, além de uma parcela significativa da população ter acabado endividada ou com o poder de compra reduzido”, explicam.
Variáveis importantes e que podem refletir na definição de custos das empresas de transporte e turismo também foram destacadas pelo time, como as incertezas que podem influenciar no dólar e no petróleo.
Outro ponto mencionado pelos analistas é que, no exterior, espera-se que as principais economias do mundo entrem em recessão, o que certamente traria impactos para a economia brasileira, segundo eles.
“Os últimos anos foram bem ruins para o setor, portanto, é esperado que a melhora relativa seja considerável, mas essas incertezas devem prolongar esse ciclo até que a situação econômica esteja completamente reestruturada no Brasil e no exterior”.
Modal aéreo ou rodoviário?
A Terra destaca que o petróleo esteve o ano todo em patamares elevados, e os combustíveis são o principal componente dos custos das empresas aéreas, que tentam repassar esses custos ao consumidor final.
Este ponto tem um impacto menor no modal rodoviário, o que faz com que as empresas do segmento se beneficiem, segundo os analistas.
“Ainda há muitas incertezas sobre como se comportará a commodity nos próximos meses, mas os custos não devem ficar significativamente menores no curto prazo, o que indica que as empresas rodoviárias devem seguir sendo beneficiadas”.