CVC (CVCB3) ignora avanço dos juros futuros e atinge maior cotação desde agosto; ações sobem 5%
Em continuidade no ritmo de ganhos iniciado na véspera, as ações da CVC (CVCB3) despontaram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta sexta-feira (25).
Por volta de 14h15 (horário de Brasília), CVCB3 registrava ganhos de 7,07%, a R$ 2,12 — a maior cotação desde agosto. Na máxima do dia, os papéis chegaram a subir 8,08% (R$ 2,14) e terminaram a sessão com avanço de 5,05%, a R$ 2,08.
Na véspera, as ações da CVC terminaram o dia com alta de mais de 4% e foi o segundo papel com maior desempenho no Ibovespa (IBOV), com o fechamento da curva de juros futuros. Na semana, os papéis acumulam alta de quase 14%.
Porém, as taxas de DIs voltaram a subir nesta sexta-feira (25), na esteira do dólar à vista e dos rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro norte-americanos, os Treasuries — que são títulos da dívida dos Estados Unidos e ativos considerados um dos mais “seguros do mundo”.
Vale ressaltar que mercado brasileiro já precifica a permanência de juros elevados por mais tempo no Brasil, em meio a deterioração do câmbio nos últimos meses, a desancoragem das expectativas de inflação e a inflação no limite da banda superior da meta (de 3%) para este ano.
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CVC (CVCB3): Reperfilamento da dívida
Os papéis da CVC têm avançado na B3 desde a semana passada, com a aprovação do reperfilamento das debêntures de quarta e quinta emissões.
O acordo, aprovado em 16 de outubro, envolve a amortização extraordinária obrigatória no montante de cerca de 160 milhões de reais, a ser dividido de forma proporcional entre a quarta e a quinta emissão, com imediata redução da dívida bruta da companhia.
Segundo a companhia, serão aplicados R$ 100,3 milhões na amortização extraordinária das debêntures de quarta emissão e R$ 59,67 milhões na amortização extraordinária das debêntures de quinta emissão.
Também ficou estabelecido o prazo de vencimento das debêntures para 30 de outubro de 2028, com pagamento do valor nominal unitário em cinco parcelas semestrais consecutivas, nos meses de outubro e abril, sendo a primeira em 30 de outubro de 2026 e a última na data de vencimento das debêntures.
Por fim, a companhia divulga os resultados do terceiro trimestre em 12 de novembro, depois do fechamento dos mercados.
Nas contas do Santander, a CVC deve reportar uma receita líquida de R$ 343 milhões entre julho e setembro, uma queda de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. O banco projeta um lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado de R$ 105 milhões, uma alta de 9,7% na base anual.
*Com informações de Reuters