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CURY3, DIRR3, MDNE3, CYRE3 e PLPL3: As construtoras para encher o bolso de dividendos; uma delas deve pagar 12,6%

17 jul 2024, 16:27 - atualizado em 18 jul 2024, 10:45
dividendos construtoras
BBI e Ágora veem Cury, Direcional, Moura Dubeux, Cyrela e Plano & Plano pagando bons dividendos nos próximos meses (Imagem: Timur Saglambilek/Pexels)

O Bradesco BBI e a Ágora Investimentos elegeram cinco construtoras listadas na bolsa de valores que oferecem perspectivas sólidas de dividendos nos próximos 18 meses. São elas: Cury (CURY3), Direcional (DIRR3), Moura Dubeux (MDNE3), Cyrela (CYRE3) e Plano & Plano (PLPL3).

Tanto Cury quanto Direcional têm os maiores rendimentos via proventos de curto prazo — com yields de, respectivamente, 5,9% e 5,5% no primeiro semestre deste ano.

Além disso, os analistas ressaltam que as ações subiram 18% e 24% no acumulado do ano, frente queda de 4% do Ibovespa (IBOV) e o recuo médio do setor de 18%.

“Esperamos que esses dois nomes de maior qualidade sustentem e até acelerem os seus pagamentos de dividendos em 2025 (com rendimentos de dividendos nos próximos 18 meses de 10,2% para Cury e 11,8% para Direcional)”, afirmam Bruno Mendonça e Wellington Lourenço.

Os analistas destacam também os rendimentos estimados de 12,6% para Moura Dubeux, de 10,1% para Cyrela e de 8,1% para Plano e Plano.

Empresa Recomendação Preço-alvo Dividend Yield
Cury Compra R$ 28,00 10,2%
Direcional Compra R$ 37,00 11,8%
Plano & Plano Compra R$ 20,00 8,1%
Cyrela Compra R$ 31,00 10,1%
Moura Dubeux Compra R$ 21,00 12,6%

O que esperar dos dividendos de Cury e Direcional

Para a Cury, que tem yield estimado de 10,2% até 2025, os analista do BBI e da Ágora avaliam que é uma pagadora de dividendos recorrente desde seu IPO em 2020, tendo distribuído R$ 7,20 por ação no período.

“Como estamos adicionando 17% às nossas estimativas de VPL para 2024, agora vemos o lucro por ação (LPA) da Cury crescendo 29% em 2025, enquanto mantemos uma geração de caixa saudável de suas operações de baixa renda, as melhores da categoria”, afirmam.

Já em relação à Direcional, eles afirmam que está no caminho certo para entregar todo o seu pipeline de lançamentos adicionais. No entanto, como as vendas tiveram um desempenho melhor do que o esperado, a construtora conseguiu aumentar a geração de caixa, o que lhe permitiu antecipar o pagamento de dividendos para 2024.

“Calculamos um rendimento adicional de 11,8% até 2025 com base apenas em seu pagamento de lucros recorrentes, com espaço para rendimento adicional se a administração decidir vender oportunamente participações em projetos e/ou recebíveis, o que pode antecipar a geração de caixa e permitir a remuneração dos acionistas sem alterar seu perfil de alavancagem”, dizem.

Moura Dubeux, Cyrela e Plano & Plano

Mendonça e Lourenço acreditam que a Moura Dubeux deve reverter os prejuízos acumulados no balanço patrimonial, depois de registrar seu melhor trimestre operacional entre abril e junho. Com alavancagem próxima de zero e gerando lucros, eles veem a companhia prestes a se tornar uma pagadora de dividendos.

“Com as ações sendo negociadas a 4,7x o múltiplo P/L estimado para 2024, um payout conservador de 40% levaria a um rendimento de dividendos de 8,4% em 2025. Além disso, não descartamos a possibilidade de a Moura Dubeux fazer um pagamento extraordinário ainda este ano, o que poderia gerar um dividend yield próximo a 12-13% nos próximos 18 meses”, afirmam.

Quanto a Cyrela, os analistas dizem que está em um ciclo de construção que exige muito dinheiro, uma vez que expandiu lançamentos a uma taxa média de crescimento (CAGR) de 8% entre 2021 e 2024. Ainda assim, destacam que a companhia é uma das principais pagadoras de dividendos do setor.

“À medida que nos aproximamos da estabilidade do VGV lançado em 2025, esperamos que o consumo de caixa da construção diminua e a Cyrela pode começar a aumentar seu payout. Assumindo um pagamento de 55% dos lucros em 2025 e R$ 100 milhões adicionais de eventos extraordinários, vemos um rendimento de dividendos de 10,1% até 2025″, ressaltam.

Por fim, BBI e Ágora afirmam que a Plano & Plano teve que adotar uma abordagem mais conservadora no balanço patrimonial e se concentrou na desalavancagem, reduzindo o índice de dívida sobre patrimônio líquido de cerca de 50% em 2021 para 9% de caixa líquido no primeiro trimestre deste ano.

“Vemos espaço para um payout de 50% em 2025, o que deve render aproximadamente 8,1% nos próximos 18 meses”, dizem.

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