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Curto prazo ruim, médio prazo positivo: analistas avaliam resultado da Via Varejo

20 fev 2019, 10:49 - atualizado em 20 fev 2019, 10:49

A Via Varejo (VVAR3) divulgou resultado operacional do quarto trimestre do ano passado e do acumulado, com prejuízo de R$ 267 milhões entre janeiro e dezembro de 2018, frente lucro líquido de R$ 168 milhões em 2017.

Diante dos números relatados pela varejista, XP Investimentos e Mirae Asset divulgaram relatórios analíticos, em consonância com alguns pontos, como a fraqueza dos números apresentados.

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De acordo com a XP, os “resultados fracos” do quarto trimestre de 2018 vieram abaixo de suas expectativas, tanto na venda de mesmas lojas, sem qualquer variação (ante projeção de alta de 5,4) quanto no crescimento de vendas online na casa de 10%, contra estimativa de avanço de 15%. Além disso, o prejuízo líquido de R$ 279 milhões no quarto trimestre surpreendeu negativamente os analistas, que previam lucro líquido de R$ 34 milhões.

“A Via Varejo enfrentou um ano desafiador em 2018 integrando suas lojas online e físicas e implementando um novo sistema de vendas”, avalia a equipe de análise, justificando o fraco resultado da Via Varejo.

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No entanto, “apesar da pressão de curto prazo, mantemos recomendação de compra para Via Varejo, com potencial de recuperação de resultados e desconto em relação aos pares”, afirma a XP.

Melhora ao longo do ano

Por outro lado, a Mirae Asset destacou a receita líquida de R$ 7,465 bilhões no últimos três meses de 2018, leve alta de 1% frente ao período de outubro a dezembro do ano retrasado. “O resultado foi fraco e ficou abaixo da expectativa”, avaliam os analistas.

Apesar do momentum negativo no curto prazo, tendo inclusive a Mirae esperado “uma reação negativa” para a ação, a expectativa é de “melhora ao longo do ano”, o que justifica a recomendação de compra com preço-alvo de R$ 6,65 para o papel.

“Em relação à margem Ebitda espera que fique superior a 6%, com a expectativa de redução de despesas e um Capex para 2019 entre R$ 550 e R$ 600 milhões”, declara a Mirae.

Tiro pela culatra

Por último, o Itaú BBA aponta que a “a empresa fez o básico em sua execução, depois que algumas iniciativas de transformação digital saíram pela culatra e desencadearam uma perda de participação de mercado e de lucratividade”.