Curto prazo da Marcopolo não parece esperançoso e ação se mantém neutra
A Marcopolo (POMO4) tem uma perspectiva de fraco impulso de ganhos no curto prazo, o que fez o BTG Pactual manter a sua recomendação neutra para as ações da empresa.
O banco destacou dois pontos deste novo período da empresa, um sendo a entrega de vagões para VLT, que conclui o plano de expansão ferroviário como forma de diversificar a sua receita e também a alienação de suas participação na Tata Marcopolo Motors (TMML), que irá trazer royalties para a empresa pelo uso do seu nome.
“A nosso ver, a nova unidade de negócios demonstra a capacidade industrial da Marcopolo (por meio do ajuste das linhas de montagem), bem como o desejo de longo prazo de diversificar ainda mais as receitas (outras iniciativas nesse sentido foram o lançamento da unidade de venture capital Marcopolo Next), visando à redução da exposição à indústria de ônibus”, informou o BTG.
No entanto, o banco acredita que esses novos negócios continuaram pequenos devido ao mercado no país.
“Por último, acreditamos que a venda da participação para a Tata deve trazer um lucro único para a Marcopolo, uma vez que a operação da TMML está registrada com uma posição patrimonial de R$ 64 milhões nas demonstrações financeiras do terceiro trimestre da empresa”, completou o banco.
Para finalizar, o banco avaliou que a empresa tem realizado reduções de capacidade muito bem-vindas em outras regiões: Argentina, com o fechamento da Metalpar e concentração das atividades de montagem na Metalsur; Brasil, com a paralisação em andamento da Planalto e a já anunciada paralisação da Ciferal; Egito, envolvendo um longo esforço para deixar o país; e gestão recente e reestruturação de negócios nas operações australianas e chinesas nos últimos anos.
O preço-alvo para a empresa é de R$ 3.