CTG vê espaço para fusões e aquisições no setor elétrico do Brasil após pandemia
Os impactos financeiros da pandemia de coronavírus sobre empresas devem favorecer movimentos de fusões e aquisições no setor elétrico do Brasil uma vez passadas as maiores turbulências, projetou nesta quinta-feira o vice-presidente da elétrica chinesa CTG no país, Evandro Vasconcelos.
“A gente acha que vai haver consolidação”, disse o executivo, que citou o economista austríaco Joseph Schumpeter, pai do conceito de destruição criadora, que descreve como novas empresas desafiam antigos modelos de negócios em uma economia capitalista.
Ao participar de transmissão ao vivo da Delta Energia, ele afirmou ainda que a CTG Brasil pretende ampliar investimentos em energia eólica e solar e sinalizou que a empresa poderá aproveitar eventuais oportunidades.
“Temos desenvolvido parques eólicos em parceria com a EDP. Estamos estudando a entrada mais forte no setor de energias alternativas, solar e eólica, e a gente acha que pode ser um aspecto saudável para o setor uma consolidação”, acrescentou.
O executivo apontou que, com esse movimento, grupos “mais sólidos” e resilientes poderiam assumir projetos no lugar de empresas que perderem capacidade em meio à crise causada pelo vírus.
A vice-presidente de Operações de Mercado da CPFL Energia (CPFE3), Karin Luchesi, concordou que o cenário deve favorecer aquisições.
“Realmente, M&As (fusões e aquisições) devem surgir aí no meio do caminho, por conta de algumas empresas não terem capacidade de levar esse cenário…até a retomada”, afirmou ela.
A CPFL é controlada pela elétrica chinesa State Grid.