CSN tem tudo para decolar, mas só desaponta o mercado
O BTG Pactual (BPAC11) elevou o preço-alvo das ações da CSN (CSNA3) de R$ 10 para R$ 13. Contudo, manteve a recomendação neutra para os papéis, devido ao fraco desempenho que a siderúrgica apresentou nos últimos trimestres.
Leonardo Correa e Caio Grener, que assinam o relatório, destacam que o mais desapontador, até agora, é a lentidão com que a empresas está reduzindo sua alavancagem. A dupla aponta que as condições são bastante favoráveis para a CSN.
Os analistas listam que o mercado de minério de ferro continua apontando a direção correta, os preços estão “fortes”, os fretes estão baratos e o real desvalorizado melhora tudo para quem exporta, como é o caso da companhia.
Mercado difícil
Ironicamente, a siderurgia, principal negócio e origem da CSN, que está atrapalhando sua recuperação. “A contribuição do aço deve ser bastante reduzida em 2020 (de novo) e, consequentemente, dificulta os planos de desalavancagem da companhia”, diz o BTG Pactual.
O relatório acrescenta que as vendas de aço da CSN, no Brasil, devem ser duramente atingidas pela recessão causada pela pandemia de coronavírus. Isto porque, a CSN é muito exposta ao segmento de bens de consumo duráveis, como automóveis e eletrodomésticos.