CSN: só venda de ativos baixará dívidas para nível sustentável, diz Credit Suisse
Há tempos, a CSN (CSNA3) tenta trazer suas dívidas a níveis que agradem os analistas e os investidores, mas, agora, um novo fator complica a missão. A disparada do dólar elevou a dívida líquida em R$ 5,4 bilhões no primeiro trimestre, somando R$ 32,8 bilhões.
O problema, segundo o Credit Suisse, é que não há solução fácil para reduzir o endividamento da siderúrgica. Por isso, o banco suíço mantém a recomendação neutra para os papéis da CSN, com preço-alvo de R$ 7, menos do que valem hoje.
Em relatório obtido pelo Money Times e assinado por Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, o banco suíço observa que a relação dívida líquida/ebitda (DL/Ebitda) passou de 3,8 vezes, em dezembro, para 4,8 vezes em março.
“O endividamento ainda está próximo de 5x DL/Ebitda, e sem novos desinvestimentos, não vemos uma queda para níveis mais sustentáveis”, afirmam os analistas. Ou seja, para reduzir significativamente a dívida para um patamar saudável, a CSN terá de vender ativos.
A tarefa, contudo, não vem em boa hora. O Credit Suisse observa que, embora a geração de caixa da companhia seja resiliente, sobretudo pelas receitas oriundas da mineração, o bom momento está passando, devido à pandemia de coronavírus, que deve reduzir a demanda por aço e minério de ferro entre 2021 e 2023.