CSN: preço da ação já reflete a alta do minério de ferro, diz Ativa
Mesmo que o setor de mineração esteja vivendo um dos seus melhores momentos, a Ativa considera que o preço da ação da CSN (CSNA3) já reflete essa melhora.
A corretora manteve a recomendação neutra para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 19,68.
“Embora reconheçamos que a demanda por aço vem apresentando recuperação acima das nossas projeções e que a política de desinvestimentos da empresa pode agregar valor, acreditamos que os padrões de preço atuais já compreendem tal potencial”, afirma Ilan Arbetman, que assina o relatório.
Pelos cálculos do analista, a CSN deve apresentar um Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 9,75 bilhões em 2020.
A estimativa considera a oferta global e a resiliência do mercado internacional, sobretudo o chinês.
Em relação ao aço, Arbetman acredita que a rápida recuperação da indústria local, que já opera com capacidade próxima a níveis pré-covid, é um indicativo que a demanda, sobretudo a externa, deve continuar resistente.
Além disso, ele também afirma que o aumento de preços reforça que o poder de barganha está retomando à mão dos produtores.
“Mesmo que as montadoras representem apenas 9% das vendas de siderurgia, acompanhamos com atenção ao reajuste anual de preços que ocorrerá no fim do ano e acreditamos que um acordo entre 35%-40% já esteja atualmente precificado”, afirma.
Riscos
Entre os riscos que o analista elenca, está a possibilidade do IPO da CSN Mineração fracassar. Apesar disso, ele acredita que, por ora, a janela de oportunidades na Bolsa não se encerrou.
Além disso, uma possível desvalorização do minério de ferro também pode prejudicar a empresa, visto que mais da metade do resultado operacional é proveniente da divisão de minério.
A CSN terminou o terceiro trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 871 milhões do ano passado.
A receita líquida apresentou alta de 45% no comparativo anual, com o valor chegando a R$ 8,7 bilhões.