CSN precisa desalavancar para atrair investidores, diz Itaú BBA
A CSN (CSNA3) promoveu evento exclusivo a investidores, nos quais os principais executivos realizaram prognóstico para 2019. Em meio ao panorama, a equipe de análise do Itaú BBA divulgou relatório a seus clientes nesta quinta-feira (13), destacando os principais pontos do evento.
Os analistas do banco ressaltaram a perspectiva positiva para os resultados do próximo ano e a desalavancagem esperada para o período. “Se a CSN entregar seu plano de desinvestimento (R$4 bilhões nos próximos trimestres), os planos de expansão se tornarão mais viáveis, o que poderia novamente atrair o interesse dos investidores pelas ações”, afirmam os analistas.
As ações possuem recomendação de market perform (desempenho em linha com o mercado) e preço-alvo de R$ 9,00 para o final de 2018.
De olho na desalavancagem
Em linha, o BTG Pactual destaca a necessidade de desalavancagem da CSN, e ressalta a gama de opções existentes para realizar tal operação, incluindo a participação na Usiminas (USIM5) e uma parcela da mina Casa de Pedra (em um cenário de estresse).
“Enquanto as operações siderúrgicas (STW) na Alemanha devem atrair ofertas de compra nos próximos dias, acreditamos que o controlador será altamente sensível ao preço”, completa a equipe de análise, concluindo que o objetivo da CSN é apresentar ao mercado uma relação entre dívida líquida e Ebitda (geração operacional de caixa) de 3,5 vezes no fim de 2019, com uma alavancagem de 2,5 vezes no longo prazo – ainda acima dos concorrentes.
O BTG possui recomendação neutra frente às ações, com preço-alvo de R$ 11,00 para 12 meses – equivalente a um upside (potencial de valorização) de 20% em relação ao último fechamento.