CSN: por que o BTG Pactual está com um pé atrás com a empresa
O BTG Pactual (BPAC11) reforçou sua recomendação neutra para as ações da CSN (CSNA3), com preço-alvo de R$ 16.
O relatório, assinado por Leonardo Correa e Caio Greiner, foi divulgado após o banco realizar uma teleconferência com executivos da siderúrgica.
De um lado, o BTG Pactual gostou das boas perspectivas (pelo menos, por ora) da companhia no mercado de minério de ferro. O guidance permanece em 33 milhões de toneladas para este ano. Para o banco, contudo, o volume pode ser menor, devido ao impacto econômico do coronavírus.
O que mais preocupa os analistas é a produção de aço da CSN. Isto porque, os produtos siderúrgicos podem contribuir menos do que o esperado pela sua direção.
Interrupção
O banco não descarta, inclusive, que a CSN antecipe a manutenção do alto-forno 2, prevista para os próximos anos. Com isso, reduziria sua produção, até a pandemia passar.
“Em nossa opinião, esta seria uma boa oportunidade para a CSN antecipar os trabalhos de manutenção e desativar o alto-forno 2 nas próximas semanas ou meses. Na atual conjuntura econômica, o alto-forno 3 [com capacidade para 3,5 milhões de toneladas por ano] seria mais do que suficiente para atender a demanda”, afirmam os analistas.
Se, como espera o BTG, a produção de aço for reduzida, a queda do nível de endividamento da CSN será menor, o que leva o banco a ser mais cauteloso com o futuro da siderúrgica.