CSN Mineração (CMIN3) frustra expectativas com lucro de R$ 516 mi, queda de 30%
A CSN Mineração (CMIN3) encerrou o primeiro trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 516 milhões, queda de 30% ante mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (03).
O número ficou bem abaixo do esperado pelo consenso da Bloomberg, que aguardava cifra de R$ 1,1 bilhão.
Já a receita subiu 7%, a R$ 4,1 bilhão, “mesmo com um menor volume de embarques”, destaca.
“Esse resultado reflete a forte realização de preços verificada no período. Como consequência, a receita líquida unitária foi de US$ 91,9 por tonelada úmida, o que representa um sólido aumento de 34% contra o 4T22, em linha com a trajetória ascendente do preço do Platts”, completa.
O Ebitda, que mede o resultado operacional, ajustado somou R$ 2 bilhões, recuo de 16%, com margem Ebitda de 49,1% ou 1,7 ponto percentual abaixo da registrada no quarto trimestre. “Essa pequena queda de rentabilidade reflete a sazonalidade do negócio, com a menor diluição de custos fixos”, discorre.
“O início do ano no setor de mineração foi impactado por diversos fatores que trouxeram consequências tanto para a oferta quanto para a demanda do produto. No lado da oferta, a alta incidência de chuvas no Brasil e entraves que afetaram o escoamento da produção, principalmente no sudeste brasileiro, tiveram impacto na disponibilidade de minério para o mercado transoceânico”, destaca a CSN no documento.
A empresa cita ainda a demanda, com o primeiro trimestre de 2023 marcado pelas flexibilizações das restrições relacionadas ao Covid na China e o início dos estímulos econômicos que elevaram as expectativas em relação à demanda chinesa por produtos siderúrgicos.
“Com isso, tivemos desde o início do ano uma forte recuperação dos preços do minério de ferro que chegou a ultrapassar o patamar de US$ 130/ton ao longo do trimestre”, recorda.
O fluxo de caixa ajustado ficou em R$ 379 milhões no primeiro trimestre, “um resultado melhor do que no trimestre anterior, mas ainda impactado por despesas financeiras com hedge e pelo aumento no capital
de giro que foi impactado pelo aumento de preços no trimestre”.
“Após reduzir o endividamento em aproximadamente R$ 2,6 bilhões, a CSN voltou a apresentar um caixa líquido de R$ 0,6 bilhão. Com isso, o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA ficou em -0,11x”, destaca.
Veja o documento: