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CSN faz lição de casa, minério de ferro ajuda e Fitch eleva rating; perspectiva é positiva

08 nov 2020, 10:34 - atualizado em 08 nov 2020, 23:24
CSN
Desde de 2018, destaca a agência, a CSN vem tendo o seu rating elevado à medida que coloca suas contas em dia (Imagem: Divulgação/CSN)

A Fitch elevou o rating nacional da CSN (CSNA3) para A-, antes em BBB, e alterou a perspectiva de estável para positiva, mostra documento publicado na última sexta-feira (06).

Segundo a agência classificadora de risco, a empresa segue embalada pelo aquecido mercado de minério de ferro, que vive um dos seus melhores momentos. Além disso, a Fitch destaca a sua participação no setor de aço de planos no Brasil e sua alta competitividade.

“Estes pontos fortes são contrabalançados por uma estrutura de capital que depende fortemente de dívidas bancárias de curto e médio prazos”, pondera.

Lição de casa

Desde 2018, destaca a agência, a CSN vem tendo o seu rating elevado à medida que coloca suas contas em dia.

Para se der uma ideia, o aumento dos preços do minério de ferro, devido à interrupção do fornecimento, levou à geração de mais de US$ 1 bilhão de caixa livre durante 2019 e 2020, o que resultou na redução da dívida líquida para US$ 5,5 bilhões em 30 de setembro de 2020, ante os US$ 6,6 bilhões no final de 2018.

“A revisão da perspectiva para positiva, de estável, reflete a expectativa da Fitch de que a companhia continuará desalavancando sua estrutura de capital durante os próximos 12 a 18 meses”, afirmou.

Como cereja do bolo, o IPO da CSN Mineração, que a companhia reafirmou a não desistência, pode reduzir a dívida em mais US$ 1 bilhão, conclui.

Forte resultado

A CSN reportou um lucro de R$ 1,2 bilhão e Ebitda recorde no 3º trimestre, de R$ 3,5 bilhões, avanço de 124% em relação ao montante de R$ 1,5 bilhão do terceiro trimestre de 2019.

Os números foram considerados positivos “em todos os segmentos” pelos analistas do Banco Safra, Conrado Vegner e Victor Chen, que assinam a análise, reforçaram a recomendação de compra do papel.

A dupla argumenta que os resultados do terceiro trimestre mostram que o mercado brasileiro de aço está se recuperando dos impactos da pandemia de coronavírus.

“Além disso, a CSN pode continuar a se beneficiar dos preços resilientes do minério de ferro”, acrescentam os dois.

Veja o documento: