CSN está voltando a ser o que sempre foi, aponta Goldman Sachs
O Goldman Sachs elevou a recomendação para as ações da CSN (CSNA3) de venda para neutra mesmo após uma alta de 75% desde o relatório de início de cobertura do banco, em 13 de dezembro de 2018. Os analistas Thiago Ojea e Lucas Canteras explicam que a mudança e a elevação do preço-alvo de R$ 9,30 a R$ 15,30 tem como base o efeito positivo da alta do minério de ferro sobre o endividamento da empresa.
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O time de commodities do banco subiu a estimativa para o preço do minério de ferro de US$ 73 para US$ 81 em 2019. Com isso, Ojea e Canteras passaram a calcular uma geração de caixa (Ebitda) para a siderúrgica de R$ 7,4 bilhões neste ano. É uma revisão de 26%.
“As ações subiram 85% este ano baseados em fatores externos (maior preço do minério de ferro devido aos problemas na Vale), mas também com melhores dados operacionais e melhor administração da dívida”, escrevem em um relatório enviado a clientes.
Assumindo um preço no mercado à vista de US$ 95 a tonelada para o minério, a alavancagem da CSN seria de 2,6 vezes a dívida líquida sobre o Ebidta ao final de 2019 e se acomodaria abaixo de 2 vezes ao final de 2021. As ações negociam em torno de 6,7 vezes o preço sobre o Ebitda, o que está um pouco abaixo da média histórica de 7 vezes.
“A rentabilidade da CSN vem melhorando desde 2015 devido aos altos preços do aço. Esperamos que o preço médio do aço realizado pela CSN melhore 9% no período em 2019. Acreditamos que há um potencial de crescimento para este valor, uma vez que os preços do aço na China (e consequentemente globalmente) devem subir para cima em resposta ao rápido aumento dos preços do minério de ferro”, concluem.