CSN e Usiminas recuam com imposição de cotas de exportações para os EUA
Investing.com – Em dia negativo para a maior parte das ações que fazem parte do Ibovespa, o desempenho das siderúrgicas reagem negativamente à imposição da redução das exportações de aço semiacabado para os Estados Unidos. Além disso, os contratos futuros do minério de ferro, negociados em Dalian, já tiveram as negociações retomadas e recuam 1,89% a 468 iuanes.
As ações da CSN (CSNA3) são as que mais sofrem no começo da tarde, recuando 3,14% a R$ 8,63. No caso da Usiminas (USIM5) as perdas são de 2,77% a R$ 10,53. No caso da Gerdau (GGBR4), que sofre menos com a decisão, os papéis avançam 0,18% a R$ 16,27.
No caso da Vale (VALE3), o impacto não atinge os ativos, que são negociados em leve alta de 0,33% a R$ 48,87, enquanto Bradespar (BRAP4) soma 0,17% a R$ 35,48.
O setor siderúrgico brasileiro cedeu à pressão dos EUA e concordou em reduzir suas exportações para mercado americano com a adoção de cotas. A informação foi confirmada pelo presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo Mello Lopes.
Levando em consideração os números de 2017, haverá uma redução de 7,4% nas exportações de aço semiacabado, que representam 80% das vendas para o mercado americano. Já para os produtos acabados, a queda será de 20% a 60%, dependendo do produto. Segundo o IABr, no ano passado, as exportações de aço para os EUA renderam US$ 2,5 bilhões.
A cota será determinada pela média das exportações brasileiras nos últimos três anos. Para os produtos acabados será aplicado um redutor de 30% sobre a média. Já os semiacabados, que são insumos para a indústria local, não haverá esse redutor.
Lopes destacou que o acordo “não foi de todo ruim”, principalmente porque foi apresentado num formato “pegar ou largar”.