CSN

CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3): Ebitda deve refletir impacto da queda do minério de ferro no 3T24; veja as estimativas

12 nov 2024, 15:32 - atualizado em 12 nov 2024, 15:32
vale-vale3-minerio-de-ferro-gerdau-usiminas-3t24-cba-aura-csn-mineracao
(Imagem: iStock/ gorodenkoff)

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado tanto da CSN (CSNA3) quanto da CSN Mineração (CMIN3) apresentará queda no balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24). Os números devem seguir a tendência da cotação do minério de ferro nos últimos meses,  projeta a Genial Investimentos em relatório com estimativas sobre os resultados, que serão divulgados nesta terça-feira (12).

Segundo a estimativa da corretora, o Ebitda ajustado da CSN deve ficar em R$2,4 bilhões, uma queda trimestral de 6,4% e anual de 13%.

A corretora reitera a recomendação de manutenção dos papéis da CSN, com o preço-alvo se mantendo em R$13,35 e indicando um potencial de alta de 13,75%. Os analistas apontam um cenário favorável de repasse de preços na divisão de aço e uma redução na alavancagem em direção à meta do grupo, ainda que seja em 2025.

Segundo a corretora, as atenções se voltarão à decisão judicial sobre a disputa entre a  Ternium e a CSN, que envolve a compra de ações da Usiminas pela primeira. Recentemente, a CSN divulgou ao mercado uma nota explicativa alegando que a Ternium se valeu de “expedientes fraudulentos” para adquirir os papéis que estavam em nome da siderúrgica.

A CSN busca receber uma indenização de R$ 5 bilhões. Caso tenha sucesso, o valor vai diminuir bastante o nível de alavancagem da companhia, lembra a Genial.

CMIN: receita líquida também deve cair

A CSN Mineração também tem recomendação de manutenção pela Genial, com preço-alvo de R$ 6,00, indicando um potencial de alta de 2,56%.

Segundo a Genial, a mineradora deve manter uma produção sólida, com embarques estimados em 12 milhões de toneladas, um aumento de 11,2% em relação ao trimestre anterior e de 3,1% em relação ao ano passado.

Sobre o lucro líquido, é projetado o valor de R$503 milhões para o período de julho a setembro deste ano, uma queda de 2,5% em relação ao trimestre anterior mas uma alta de 1,2% em relação ao ano passado, impulsionado pelo controle rigoroso de custos.

Já para a receita líquida, os números devem ser mais duros, chegando a R$3,4 bilhões, uma queda de 19,0% em relação ao trimestre passado e de 29,9% em relação ao ano anterior, devido aos efeitos somados do sistema de precificação da companhia como descontos e qualidade mais pobre no mix de minério produzido.

Ainda que os custos reduzam, o efeito da queda do preço continuará forte, levando o Ebitda ajustado da CMIN para R$1 bilhão, uma queda de 36,4% em relação ao segundo trimestre de 2024 e de 48,2% na comparação anual.

Além disso, a Genial pondera que o cenário macroeconômico da China impõe limitações para uma melhora expressiva no preço realizado.

Ademais, a corretora ressalta que ainda acredita que a CMIN deva continuar a representar uma parcela significativa de 42% do EBITDA da CSN holding no terceiro trimestre, e que a recente ampliação dos estímulos fiscais na China – a qual inclui aumento no limite de emissão de títulos pelas províncias – mostra uma tentativa de estabilização econômica que pode beneficiar a CMIN, e consequentemente a CSN.