Comprar ou vender?

CSN (CSNA3): UBS BB prevê balanços catalisando tese de venda; 4T24 sai hoje

12 mar 2025, 13:21 - atualizado em 12 mar 2025, 13:21
csn csna3
(Imagem: Youtube/CSN)

O UBS BB iniciou a cobertura da CSN (CSNA3) e de sua subsidiária CSN Mineração (CMIN3) com recomendação de venda, citando preocupações com o alto nível de endividamento e a contínua geração de fluxo de caixa livre (FCF) negativo.

O banco aponta que as ações das empresas são consideradas não atrativas, estabelecendo um preço-alvo de R$ 7,50 para CSN e R$ 4,50 para CSN Mineração, de acordo com relatório assinado por Caio Greiner e equipe.

Para eles, os próximos resultados trimestrais da CSN servirão como catalisadores para validar a tese de venda, com a empresa apresentando um FCF consistentemente pior do que o esperado pelo mercado.

Ambas as empresas apresentam o balanço do quarto trimestre nesta quarta-feira (12), após o fechamento do mercado. As ações da CSN recuavam mais de 2% hoje.



Segundo o UBS BB, a CSN apresenta o maior índice de alavancagem entre seus pares globais, enquanto a CMIN está acima da média brasileira.

Eles consideram que o múltiplo próximo a 5x EV/Ebitda para 2025 é considerado elevado em comparação com a média de 3-4x dos pares brasileiros.

Os analistas destacam que a estratégia de crescimento da CSN não prioriza a desalavancagem e afirmam que a empresa tem falhado em atingir suas metas de redução da dívida.

O banco prevê um consumo de caixa em 2025 de R$ 4,0 bilhões para a CSN e R$ 1,7 bilhão para a CSN Mineração.

As estimativas de Ebitda para 2025 são de R$ 11,1 bilhões para a CSN e R$ 5,5 bilhões para a CSN Mineração.

O que impacta CSN e CSN Mineração

O UBS BB lembra que o setor siderúrgico brasileiro enfrenta desafios devido ao aumento das importações, principalmente da China, o que tem pressionado preços e margens.

Mesmo com a implementação de cotas e tarifas para algumas linhas de produtos, os impactos dessas medidas ainda são limitados, avalia.

No mercado de minério de ferro, o UBS BB projeta uma queda de 1% na demanda global em 2025, com um recuo de 1,5% na China. Apesar disso, os preços devem se manter em torno de US$ 100 por tonelada devido ao crescimento limitado da oferta.

No médio prazo, a expectativa é de um aumento da oferta na Austrália, Brasil e Guiné, além do maior uso de sucata no lugar do minério de ferro na China.

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar