CSN (CSNA3): UBS BB prevê balanços catalisando tese de venda; 4T24 sai hoje

O UBS BB iniciou a cobertura da CSN (CSNA3) e de sua subsidiária CSN Mineração (CMIN3) com recomendação de venda, citando preocupações com o alto nível de endividamento e a contínua geração de fluxo de caixa livre (FCF) negativo.
O banco aponta que as ações das empresas são consideradas não atrativas, estabelecendo um preço-alvo de R$ 7,50 para CSN e R$ 4,50 para CSN Mineração, de acordo com relatório assinado por Caio Greiner e equipe.
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Para eles, os próximos resultados trimestrais da CSN servirão como catalisadores para validar a tese de venda, com a empresa apresentando um FCF consistentemente pior do que o esperado pelo mercado.
Ambas as empresas apresentam o balanço do quarto trimestre nesta quarta-feira (12), após o fechamento do mercado. As ações da CSN recuavam mais de 2% hoje.
Segundo o UBS BB, a CSN apresenta o maior índice de alavancagem entre seus pares globais, enquanto a CMIN está acima da média brasileira.
Eles consideram que o múltiplo próximo a 5x EV/Ebitda para 2025 é considerado elevado em comparação com a média de 3-4x dos pares brasileiros.
Os analistas destacam que a estratégia de crescimento da CSN não prioriza a desalavancagem e afirmam que a empresa tem falhado em atingir suas metas de redução da dívida.
O banco prevê um consumo de caixa em 2025 de R$ 4,0 bilhões para a CSN e R$ 1,7 bilhão para a CSN Mineração.
As estimativas de Ebitda para 2025 são de R$ 11,1 bilhões para a CSN e R$ 5,5 bilhões para a CSN Mineração.
O que impacta CSN e CSN Mineração
O UBS BB lembra que o setor siderúrgico brasileiro enfrenta desafios devido ao aumento das importações, principalmente da China, o que tem pressionado preços e margens.
Mesmo com a implementação de cotas e tarifas para algumas linhas de produtos, os impactos dessas medidas ainda são limitados, avalia.
No mercado de minério de ferro, o UBS BB projeta uma queda de 1% na demanda global em 2025, com um recuo de 1,5% na China. Apesar disso, os preços devem se manter em torno de US$ 100 por tonelada devido ao crescimento limitado da oferta.
No médio prazo, a expectativa é de um aumento da oferta na Austrália, Brasil e Guiné, além do maior uso de sucata no lugar do minério de ferro na China.