CSN (CSNA3) terá 3T23 salvo pela CSN Mineração (CMIN3)? Veja apostas para os resultados nesta segunda (13)
A CSN (CSNA3) e sua divisão de mineração, a CSN Mineração (CMIN3), divulgam os resultados do terceiro trimestre do ano nesta segunda-feira (13), após o fechamento do mercado.
Analistas acreditam que, mais uma vez, as mineradoras vão superar as empresas siderúrgicas na temporada, com a CSN Mineração tendo seus números impulsionados pelos preços ainda elevados do minério de ferro.
De acordo com a XP Investimentos, a CSN Mineração deve entregar um forte crescimento sequencial no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 57%. Além dos preços praticados mais elevados no período, a empresa deve aproveitar volumes maiores pela sazonalidade.
Com o salto trimestral esperado para o Ebitda da CSN Mineração, a holding controladora deve ver um avanço de 19% na sua linha, estima a corretora. A divisão de siderurgia ainda deve mostrar números prejudicados, enquanto o segmento de cimento mostrará melhorias.
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CSN colherá benefícios da diversificação
A recuperação nos números da CSN deve refletir a estratégia de diversificação de negócios da companhia, diz a Genial Investimentos. Como a XP, a corretora acredita que a divisão de siderurgia deve mostrar um desempenho mais fraco, com contração de receita, que deve deve ser mais do que compensado por uma melhora nas unidades de mineração e cimentos.
Segundo a Genial, a CSN será a única entre os players de siderurgia a apresentar Ebitda crescente no trimestre, com a alta sequencial a ser puxada por mineração e por uma “melhora importante” na divisão de negócios de cimentos, “trazendo consigo a importância da diversificação de negócios (o que implica em uma alavancagem maior)”.
A corretora avalia que o segmento de siderurgia sentirá os reflexos negativos da conjuntura macro global.
“O aumento das exportações de aço na China atinge facilmente o mercado brasileiro como um todo, pela baixa barreira tarifária, e cria pressões para descontos de preço”, afirma.
“Vemos os players mais expostos a aços planos como os mais afetados (Usiminas – USIM5 – em primeiro lugar, CSN logo atrás), levando a uma escolha muito difícil por parte das companhias entre preço e volume”, acrescenta a instituição.
Para a Genial, o mercado está longe de ver uma melhora significativa para a dinâmica de preços de aços planos. A corretora espera, inclusive, mais descontos pela frente.
Enquanto isso, a divisão de minério de ferro deve mostrar uma produção em níveis altos, com grande possibilidade de atingir a banda superior do guidance para o ano, de 39-41 milhões de toneladas.
“Além disso, estamos mais otimistas com o efeito combinatório do preço do minério de ferro seguir adiante com o patamar robusto que estamos observando agora”, completa o time de análise da corretora.
A Genial tem recomendação de manter para CSN, com preço-alvo de R$ 14,25. Para CSN Mineração, a recomendação foi elevada para “comprar”, com novo preço-alvo de R$ 7,20.