Destaques da Bolsa

CSN (CSNA3) salta quase 10% e lidera ganhos do Ibovespa; Usiminas (USIM5) e Vale (VALE3) também operam entre as maiores altas do índice

24 set 2024, 13:34 - atualizado em 24 set 2024, 13:34
csn mineração cmin3
Ações da CSN disparam quase 10% com forte valorização do minério de ferro, após novo pacote de estímulos econômicos na China (Imagem: CSN/Divulgação)

Depois de cair mais de 35% desde janeiro, as ações da CSN (CSNA3) têm um breve respiro nesta terça-feira (29). 

Os papéis da companhia lideram os ganhos do Ibovespa desde o início da sessão e avançam quase 10%. Por volta de 13h15 (horário de Brasília), CSNA3 registrava alta de 9,30%, a R$ 12,11. Acompanhe o Tempo Real. 



As ações também figuram entre as mais negociadas da B3, com cerca de 10,4 mil negociações.

E o motivo para a forte valorização das ações é o mesmo para a queda anual: o desempenho do minério de ferro

Hoje (24), os preços dos contratos futuros da commodity registraram o maior ganho diário em mais de um ano, com uma melhora do sentimento de mercado em função de um pacote de novos estímulos monetários da China e do reabastecimento de estoques antes de feriados chineses.

O contrato de janeiro de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 4,64%, a 699,5 yuans ( aproximadamente US$ 99,38 dólares) a tonelada — o maior aumento diário desde 29 de maio de 2023.

Uma ‘ajudinha’ de China

O Banco Central da China (PBoC, na sigla em inglês) lançou o maior pacote de estímulo desde a pandemia para tirar a economia de seu estado deflacionário e voltar a atingir a meta de crescimento do governo. 

Com foco no mercado imobiliário, o BC reduziu as taxas de juros médias para hipotecas existentes 50 pontos-base e fez um corte na exigência de entrada mínima para 15% em todos os tipos de moradias, entre outras medidas.

O BC chinês também introduziu duas novas ferramentas para impulsionar o mercado de capitais.

A primeira é um um programa de swap com tamanho inicial de 500 bilhões de yuans, que permite que fundos, seguradoras e corretoras tenham acesso mais fácil a financiamento para comprar ações. 

Já a segunda medida oferece até 300 bilhões de yuans em empréstimos ‘baratos’ do banco central a bancos comerciais para ajudá-los a financiar compras e recompras de ações de outras entidades.

O pacote mais amplo do que o esperado, que oferece mais financiamento e cortes nas taxas, marca a mais recente tentativa de Pequim de restaurar a confiança depois que uma série de dados decepcionantes levantou preocupações sobre uma desaceleração estrutural prolongada.

Na véspera, o Banco Central da China reduziu as taxas de juros para um período de 14 dias — iniciado na segunda-feira (23) —, que foi considerado um pequeno sinal de anúncio de novos estímulos monetários. 

Além disso, o site chinês de informações financeiras Hexun Futures divulgou que a produção de minério de ferro no período de janeiro a agosto subiu 4,1% em relação ao ano anterior, citando dados do National Bureau of Statistics.

A segunda maior economia do mundo está passando por crescimento mais lento, apesar de uma série de políticas destinadas a estimular o consumo.

Alta do setor em bloco

CSN (CSNA3) encabeça as altas do setor de mineração e siderurgia. 

Mas Usiminas (USIM5) também opera entre as maiores altas do Ibovespa com apoio do minério de ferro e em movimento de recuperação das perdas recentes. 

Na véspera, os papéis da companhia terminaram a sessão como a segunda maior baixa do Ibovespa, com queda de quase 5%, após o JP Morgan rebaixar duplamente as ações de compra para a venda. 

Hoje, USIM5 avança cerca de 6%. 

Além disso, Vale (VALE3) também é um dos destaques — e apoia o avanço de mais de 1% do principal índice da bolsa brasileira. Por volta de 13h, os papéis subiam 5,48%, a R$ 60,68. 

Os ganhos começaram antes mesmo da abertura das negociações. Os recibos de ações (ADRS, na sigla em inglês) de Vale, negociadas sob o ticker VALE, dispararam mais de 5% no pré-mercado de Nova York.

 Durante o pregão norte-americano, os papéis seguiram o ritmo de altas. 

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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