CSN (CSNA3): Endividada e em um setor com problemas, o que fazer com a ação, segundo BB Investimentos
O BB Investimentos vê a alavancagem financeira da CSN (CMIN3) como principal problema da empresa, revela relatório publicado na última segunda-feira (22) e assinado pela analista Mary Silva.
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A corretora lembra que, no final de 2023, a dívida bruta atingiu o patamar mais elevado já registrado, e a dívida líquida/EBITDA segue acima do teto do guidance da empresa desde o segundo trimestre de 2023 (entre 2,0x-2,5x).
“Apesar disso, vale destacar que a CSN segue reafirmando que sua prioridade de alocação de capital é no crescimento de suas operações, seguida da desalavancagem e o pagamento de dividendos, nesta ordem, o que consideramos bastante desafiador, dado o cenário ainda adverso para siderurgia”, coloca.
Diante dos desafios, o BB rebaixou o preço-alvo da ação para R$ 15,40, antes em R$ 16, com recomendação neutra.
No ano, a ação tomba 25%, a R$ 14,52.
CSN está otimista, no entanto
O relatório recorda que em siderurgia, a CSN segue otimista com relação à recuperação das margens em 2024, principalmente em um cenário em que as importações retornem ao patamar histórico — “que por ora não temos visibilidade”.
“Além de acreditar que o consumo de aço no mercado interno deve apresentar crescimento neste ano, a companhia busca a redução dos custos, especialmente de produção de placas, combinada a uma série de iniciativas de estratégia comercial, que podem contribuir para a captura de uma maior rentabilidade já a partir do 1T24”, completa.
Após o recorde de produção e vendas em 2023, a CSN Mineração (CMIN3) projeta volumes similares para 2024.
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Apesar disso, o BB faz um alerta: a elevada oscilação nos preços de minério de ferro, combinada à forte exposição da companhia a fretes spot, podem limitar sua rentabilidade, como já ocorreu nos últimos anos.
Como resultado das aquisições relevantes realizadas, a CSN apresentou recorde de vendas de cimento em 2023, tendo finalizado a captura de sinergias esperadas, principalmente comerciais e em custos, as quais deverão ainda ter impacto positivo no resultado da companhia em 2024.
“Apesar disso, as margens do segmento avançaram gradualmente ao longo de 2023 e atingiram 24% no quarto trimestre, mas ainda estão aquém do patamar almejado pela companhia (acima de 30%)”, completa.
Em fevereiro, a CSN declarou que apresentou proposta para a aquisição dos ativos da InterCement, e caso seja bem-sucedida, a empresa pretende financiar a transação com dívida parcialmente conversível em equity, além de buscar novamente o IPO da CSN Cimentos, que não foi concluído na tentativa anterior em 2021.