Comprar ou vender?

CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3): Itaú BBA recomenda venda em uma delas; veja qual

09 set 2024, 13:34 - atualizado em 09 set 2024, 17:57
csn mineração cmin3
Itaú BBA atualizou sua classificação para a CSN e CSN Mineração (Imagem: CSN/Divulgação)

O Itaú BBA mudou de marcha no setor de aço e mineração, engatando preferência pela CSN (CSNA3) ante a CSN Mineração (CMIN3).

A casa atualizou sua classificação da CSN para market perform (equivalente à neutra), com preço-alvo para 2025 de R$ 12 por ação, o que representa um potencial de alta de 3,5% em relação ao patamar atual, próximo de R$ 11,60.

Já a CSN Mineração teve classificação rebaixada para underperform (desempenho esperado abaixo da média do mercado, equivalente a “venda”), com preço-alvo para 2025 de R$ 5,70, abaixo dos R$ 5,90 atuais. Nesta segunda-feira (9), o papel da CSN Mineração  encerrou o dia em queda de 4,37%, a R$ 5,91.



Os analistas destacam que, desde a revisão feita pela casa em 4 de abril, o preço da CSNA3 caiu em torno de 23%, com desempenho inferior ao do Ibovespa em aproximadamente 29 pontos percentuais. Por outro lado, o preço das ações da CMIN3 subiram cerca de 18%.

“Nosso modelo agora considera o ganho potencial de aproximadamente US$ 780 milhões relacionado à disputa legal da CSN com a Ternium. Dito isso, a combinação de alavancagem financeira ainda alta com as perspectivas de queima  de caixa negativo nos impede de ser mais otimistas sobre a ação”.

Já CMIN3, os analistas veem sendo negociada a um múltiplo classificado pelo banco como alto. “Vemos a CMIN com uma estrutura de capital sólida, mas notamos a queima de caixa devido aos investimentos no projeto P15”.

O pior para o setor ficou para trás?

Na avaliação do Itaú BBA, o pior parece ter ficado para trás para o setor siderúrgico brasileiro.

Os analistas pontuam que a fraca demanda e a competição acirrada das importações de aço resultaram em um ambiente operacional desafiador para as siderúrgicas brasileiras no primeiro semestre de 2024, traduzindo-se em margens baixas a médias de um dígito.

No entanto, acreditam que a combinação de custos mais baixos e preços ligeiramente mais altos se traduzirá em maior lucratividade no futuro.

Em relação à previsão de preço do minério de ferro para o final de 2025, o BBA reduziu de US$ 100 por tonelada para US$ 95/tonelada, após um cenário macro mais desafiador na China, que prejudica ambas as companhias.

“Dito isso, números mais fortes nos setores de aço e cimento darão suporte a um desempenho relativamente melhor para a CSN. A avaliação da CSN agora parece justa, mas a CSN Mineração parece cara a 8,5x 2025E EV/Ebitda”.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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