Crypto Storm #107: metaversos, jogos em blockchain e a relação com a Web 3.0
Nesta edição do podcast Crypto Storm (também disponível em vídeo ?), Lucca Benedetti e Valter Alencar comentam sobre os principais assuntos da semana: metaverso e jogos em blockchain.
Os apresentadores começam falando sobre a grande recente mudança que rapidamente impulsionou o mercado cripto e de investimentos: o comunicado do Facebook sobre sua alteração de nome para Meta e o desenvolvimento de seu futuro metaverso.
A inovação comunicada pela rede social e por seu fundador e CEO, Mark Zuckerberg, movimentou, de maneira veloz, demais empresas, que correram para anunciar seus novos fundos de investimento para o desenvolvimento de metaversos, jogos em blockchain e tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês).
No período de uma semana, Solana Ventures, FTX, Lightspeed, Enjin e Sfermion comunicaram seus fundos de investimento milionários para impulsionar o desenvolvimento de seu próprio metaverso ou de startups ligadas a games em blockchain.
Os apresentadores comentam o fato de a maior rede social do mundo ter questões polêmicas, no que diz respeito à privacidade e à liberação de dados de usuários para terceiros. Na sequência, Valter comenta que, antes de tratar propriamente do metaverso, é preciso olhar para a história da internet.
Durante a fase conhecida como “Web 1.0”, que aconteceu por volta de 1995 até o início dos anos 2000, os usuários da internet não conseguiam interagir com os sites, somente realizar a leitura dos conteúdos disponibilizados neles.
Já a “Web 2.0”, a atual fase, permite que serviços funcionem em cima de sites da internet, assim como acontece com o Facebook e o Twitter, fornecendo serviços para os usuários, que dão informações e demonstram seus interesses dentro da plataforma.
As empresas, então, analisam esses dados para redirecionar conteúdos condizentes com os interesses dos usuários, a fim de que estes permaneçam por mais tempo na plataforma, dando continuidade a esse ciclo.
Quanto a isso, Lucca relembra que essa proposta consolidada na Web 2.0 foi revolucionária para a publicidade, que pôde redirecionar seu foco para o interesse do usuário. Com isso, outras ferramentas puderam ser desenvolvidas para atrair o consumidor.
No entanto, Valter ressalta uma preocupação trazida por esse modelo: quando há um serviço, como o Facebook, que centraliza esses dados, as informações ali presentes podem ser vendidas para terceiros sem a devida permissão dos usuários. Sobre esse tópico, Lucca aponta que, na Web 2.0, os usuários são a fonte do valor das plataformas.
Com isso, dados de pessoas que usam a internet e as plataformas nela presentes tornam-se ativos valiosos para aqueles que desejam monetizar a partir disso. Por esse motivo, Valter ressalta a importância de uma legislação ou algum direito que resguarde a segurança dessas informações.
É exatamente neste ponto que entra a terceira fase da internet – a “Web3”. Nessa fase, que ainda está em implementação, há a quebra do paradigma de que os dados dos usuários pertencem a um terceiro. Com a Web3, não há um único dono dos protocolos, como acontece na Ethereum, por exemplo.
Os usuários entram nessas plataformas por meio de tokens, exercendo um papel econômico dentro do serviço, que é estabelecido por um código.
Os apresentadores, em seguida, ressaltam o “salto” entre a Web 2.0 e a Web 3.0 que veio com o advento dos NFTs e da ideia de propriedade digital. Lucca comenta que, antes desses tokens, a ideia de propriedade digital era aplicada somente às criptomoedas, como o bitcoin (BTC).
Aperte o play para conferir a edição desta semana, para saber mais como funciona o conceito de propriedade digital e sua aplicação na realidade, além das mudanças previstas com a ampliação da Web 3.0.
? Mineração da Semana
→ Relatório: “Meta and the Tricke-Down Effect”, da Arca Invest.
O que a Web 3.0 poderá proporcionar para os usuários da internet? Será que o metaverso do Facebook irá ampliar ou reduzir as questões de privacidade de dados? Confira agora para saber mais.
Crypto Storm #107: metaversos, jogos em blockchain e a relação com a Web 3.0
Crypto Storm em vídeo:
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