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Cruzeiro do Sul: compra de centro universitário não alivia sede de investidores por mais aquisições

19 jul 2021, 14:08 - atualizado em 19 jul 2021, 14:11
Universidade Cruzeiro do Sul
Segundo o BTG Pactual, a aquisição do Centro Universitário Moura Lacerda é estratégica, porque reforça a atuação da Cruzeiro do Sul no interior do estado de São Paulo (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

A aquisição do Centro Universitário Moura Lacerda, embora seja estratégia e potencialmente sinérgica, é muito pequena para mexer com o humor do mercado em relação à Cruzeiro do Sul Educacional (CSED3), afirmaram analistas do BTG Pactual (BPAC11).

Segundo o banco, os investidores continuam ansiosos por mais movimentos em M&As (fusões e aquisições), dado o recente IPO (oferta pública inicial de ações) da companhia.

A Ágora Investimentos é da mesma opinião. A corretora espera que a Cruzeiro do Sul permaneça ativa no mercado de M&As, não só pela sua confortável situação de alavancagem, mas também pela atual fragilidade do mercado de educação.

A Cruzeiro do Sul comprou a instituição por R$ 54 milhões, valor sujeito a ajustes e que será pago em cinco anos.

Com sede em Ribeirão Preto, São Paulo, o centro universitário Moura Lacerda conta com cerca de 3 mil alunos, da educação básica a pós-graduação, distribuídos em três campi. Em seu portfólio, são destaques os cursos de Engenharia, Medicina Veterinária, Arquitetura e Direito.

Segundo o BTG, a aquisição é estratégica, porque reforça a atuação da Cruzeiro do Sul no interior do estado de São Paulo. Também pode agregar valor, uma vez que a Moura Lacerda não opera no segmento de educação a distância (EAD), criando uma oportunidade para a companhia.

“Agora, [a Moura Lacerda] não tem exposição ao segmento de ensino a distância, o que significa uma oportunidade única para a Cruzeiro do Sul instalar um novo hub para a sua poderosa operação de EAD na área”, afirmaram os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim, em relatório na última quinta-feira.

O BTG reiterou a compra da ação da Cruzeiro do Sul, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 18. De acordo com o banco, a empresa é a opção para investir no cenário de aceleração da campanha de vacinação e flexibilização das medidas restritivas.

A Ágora manteve o rating de compra e o preço-alvo ao fim de 2021 de R$ 22.