Política

Crivella vai pedir liberação do FGTS para trabalhadores do Rio de Janeiro

26 mar 2020, 19:06 - atualizado em 26 mar 2020, 19:06
Marcelo Crivella
De acordo com Crivella, a liberação do dinheiro ajudaria milhares de profissionais a comprar alimento e pagar suas contas (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O prefeito Marcelo Crivella disse hoje (26) que vai pedir ao governo federal para que libere o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de trabalhadores do município do Rio durante o impacto da crise do novo coronavírus. Crivella informou vai conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta sexta-feira (27), no Rio e reforçar o pedido.

A proposta é que motoristas de ônibus urbanos e dos ônibus articulados, BRT e profissionais autônomos, como taxistas, ambulantes e produtores culturais, que vivem da arte nas ruas, possam fazer o saque, caso tenham dinheiro depositado nas contas do FGTS.

De acordo com Crivella, com o afastamento social, que tirou as pessoas das ruas, essas categorias ficaram sem renda. A liberação do dinheiro ajudaria milhares de profissionais a comprar alimento e pagar suas contas.

“Se o governo federal puder liberar o FGTS para esses motoristas e produtores culturais, que são 50 mil na cidade, e os ambulantes, além de motoristas de táxi e de aplicativos, seria uma grande ajuda. Ter acesso às suas poupanças vai permitir sobreviver neste momento de baixa demanda”, disse.

Isolamento social

O prefeito reafirmou à população que siga as orientações e permaneça em afastamento social. Ele afirmou que em 15 dias as medidas de restrição poderão ser revistas aos poucos, caso o ritmo de contágio diminua.

Para minimizar o impacto na economia, Crivella disse que autorizou lojas de conveniência em postos de gasolina e casas de material de construção a reabrirem a partir desta sexta-feira.

Crivella disse que liberou a reabertura das casas de material de construção porque a indústria de construção civil precisa continuar trabalhando.

“Onde é que eles vão comprar cimento, areia, pedra, aço, madeira, tubo, fio elétrico? Eles vão comprar nesse mercado. Então abrimos”, explicou.

A declaração foi feita durante serviço de desinfecção nos trens da Central do Brasil — uma ação dos militares das Forças Armadas, que atuam em parceria com a prefeitura contra a covid-19.

“Quero agradecer às Forças Armadas, Marinha, Exército e Aeronáutica, que estão fazendo um trabalho extraordinário na cidade do Rio de Janeiro de desinfecção dos meios de transporte de massa.

Vão também para os ônibus, depois a estação do Metrô trabalhando de madrugada, assim como nas barcas e no VLT. Esta foi uma solicitação que o secretário de Transportes [Paulo Cesar Amendola de Souza] e eu fizemos ao general Júlio Cesar Arruda, Comandante Militar do Leste”, disse o prefeito.

O general disse que o serviço será feito fora do horário de funcionamento dos meios de transporte para não prejudicar o público.

“Essa desinfecção nos veículos e instalações usados por grande número de pessoas é feita fora do horário de funcionamento ao público por técnicos do Exército e da Marinha com essa expertise. É um trabalho complementar, porque a Companhia de Limpeza Urbana [Comlurb] já faz também esse serviço”, disse o general.

As ações da prefeitura do Rio de desinfecção de locais com grande movimentação e concentração de pessoas para reduzir riscos de contágio pelo novo coronavirus começaram na última terça-feira (24).

A Comlurb fez a higienização de pontos de ônibus, acessos às estações de metrô, BRT, barcas e trem, Central do Brasil, Rodoviária Novo Rio e entorno dos principais hospitais municipais e estaduais.

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