Corrupção

Crivella é alvo de operação que investiga suspeita de fraude na prefeitura do Rio

10 set 2020, 10:24 - atualizado em 10 set 2020, 10:24
Os agentes foram às ruas para cumprir 22 mandados de busca e apreensão expedidos pelo 1º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio. Eles estiveram no apartamento de Crivella na Barra (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), e pessoas ligadas a ele e à prefeitura foram alvos de uma operação do Ministério Público do Rio e da Polícia Civil do Estado que investiga suposto esquema de corrupção na administração municipal.

Os agentes foram às ruas para cumprir 22 mandados de busca e apreensão expedidos pelo 1º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio.

Eles estiveram no apartamento de Crivella na Barra, no Palácio da Cidade (residência oficial do prefeito) , sede administrativa entre outros endereços. O celular do prefeito foi apreendido para averiguação.

“A operação decorre de inquérito policial instaurado para investigar possível organização criminosa e esquema de corrupção no âmbito da administração municipal carioca, sendo desdobramento da primeira fase da Operação Hades, executada em 10 de março deste ano”, disse o MP em nota nesta quinta-feira.

Entre os alvos estariam um tesoureiro que trabalhou em campanhas eleitorais para Crivella, o ex-senador Eduardo Lopes, que entrou na vaga de Crivella quando ele elegeu-se prefeito e um empresário.

Na primeira etapa da investigação, a polícia e o MP apontaram suspeitas de irregularidades na Riotur, empresa de turismo da cidade, com a suposta cobrança de vantagens indevidas a agentes públicos.

“As diligências estão sendo cumpridas em endereços residenciais e funcionais de agentes públicos municipais e empresários na capital, nos bairros da Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Tijuca, Flamengo, e em Itaipava e Nilópolis”, informou o MP.

Na semana passada , polícia e Ministério Público abriram inquéritos para apurar o uso de funcionários da cidade para intimidar pacientes e atrapalhar jornalistas na porta dos hospitais municipais. O caso ficou conhecido como Guardiões do Crivella. Uma CPI foi aberta na Câmara de Vereadores para apurar o caso.

Crivella é candidato a reeleição na disputa municipal deste ao e diz ter apoio da família do presidente Jair Bolsonaro.

Essa semana, outro candidato ao comando do governo municipal fluminense, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), foi alvo de um mandado de busca e apreensão.

A prefeitura ainda não se pronunciou sobre a operação dessa quinta.