Crise trabalhista nos EUA leva a aumento de pedidos de robôs, diz relatório

As lacunas de trabalho nos EUA seguem preocupando os empregadores norte-americanos e muitos estão recorrendo cada vez mais à assistência de tecnologia automatizada e robôs.

A migração para a automação não é um fenômeno novo, mas atualmente se tornou um dos principais remédios para as empresas que lutam para atender à demanda em um mercado recente e apertado, informou o Wall Street Journal.

Os pedidos de robôs aumentaram 40% no primeiro trimestre de 2022 e aumentaram 21% no geral em 2021, de acordo com a Association for Advancing Automation, levando o setor a um valor estimado de US$ 1,6 bilhão.

Robôs como mão de obra

“As pessoas querem eliminar a mão de obra”, disse o CEO da Ametek Inc., David A. Zapico, à Bloomberg em novembro, observando que a empresa de equipamentos automáticos estava “acionando todos os cilindros” para atender à demanda.

Os robôs estão fornecendo pelo menos uma solução temporária para empresas que enfrentam dificuldades de contratação no mercado de trabalho norte-americano mais apertado desde a Segunda Guerra Mundial.

O cenário ainda é marcado pela pandemia da Covid-19, taxas recordes de demissões e vasta turbulência econômica, ressaltou a Business Insider.

Crise trabalhista nos EUA

Diferentemente do Brasil, nos EUA sobram vagas de emprego. Em março, a potência econômica ao norte atingiu um recorde de 11,5 milhões oportunidades abertas, e alguns especialistas previram que a crise trabalhista pode durar vários anos.

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A escassez já teve um impacto significativo em tudo, desde viagens aéreas ao varejo, pois as empresas são forçadas a reduzir a produção com menos recursos, destaca o Insider.

A tecnologia avançada, no entanto, está permitindo que as máquinas atendam a um número crescente de setores da indústria, ao mesmo tempo em que se tornam mais acessíveis.

Os robôs e o futuro do trabalho

Essa maior acessibilidade está tanto na implementação quanto nos custos. “Os robôs estão se tornando mais fáceis de usar”, disse Michael Cicco, CEO da fornecedora de robôs industriais Fanuc America, ao Wall Street Journal.

“As empresas costumavam pensar que a automação era muito difícil ou muito cara para implementar”, completou o CEO.

Porém, à medida que o uso de robôs aumenta, aumenta também a preocupação com as máquinas que deslocam trabalhadores humanos, visto que espera-se que a crise trabalhista possa eventualmente diminuir.

“A automação, se for muito rápida, pode destruir muitos empregos”, disse Daron Acemoglu, professor de economia do Massachusetts Institute of Technology (MIT), ao Journal. “A escassez de mão de obra não vai durar. Isso é temporário”, afirmou.

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