‘Crise no Brasil sempre vai existir’: Este é o momento de entrada nos fundos imobiliários, avalia executivo da Valora Investimentos
Apesar das quedas acentuadas nos fundos imobiliários durante o ano, Alessandro Vedrossi, head de Fundos Imobiliários na Valora Investimentos, acredita que o atual momento é favorável para investir neste tipo de ativo por estarem descontados.
O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) atingiu, nesta semana, a sua cotação mínima do ano chegando a 3.168,10 pontos, com uma queda acumulada de 4,33%. O desempenho vai na contramão dos números históricos vistos em 2023, quando encerrou com a maior alta já vista no índice de 15,49%.
Vedrossi observa que a queda neste tipo de ativo financeiro acompanha o cenário econômico com as incertezas fiscais e as altas taxas de juros no radar dos mercados. Mesmo que estes fatores sejam prejudiciais, o executivo avalia que há sinais positivos, como o crescimento econômico e consequentemente a tendência de redução da vacância em regiões centrais e valorizadas, como Faria Lima e Itaim em São Paulo.
Segundo ele, foi em um momento de oportunidade que antecedeu esse cenário que a Valora Investimentos aproveitou para adquirir ativos de qualidade a preços baixos para o seu novo fundo. Com cinco fundos imobiliários na carteira, a gestora decidiu expandir o portfólio e lançou em março deste ano o seu primeiro fundo de tijolo, o Valora Renda Imobiliária (VGRI11).
O executivo avaliou durante a sua participação no Money Minds, programa no YouTube do Money Times, que crises econômicas no Brasil existem “de três em três anos” e que, tanto as empresas, quanto os investidores, precisam aprender a conviver com este cenário. “Acho que é isso que diferencia a gente”, destaca ele.
Vedrossi entende que este é um bom momento de entrada para quem busca retornos no longo prazo, especialmente em fundos estruturados que têm ativos de maior qualidade e uma estratégia de valorização, mas compreende também que os retornos podem ser afetados por conta das questões macroeconômicas. “O retorno atual oferecido pelos fundos imobiliários ainda é muito competitivo”, afirma.
O fundo imobiliário de tijolo da Valora, o VGRI11, atualmente esta sendo negociado com valor de mercado abaixo do valor patrimonial e um rendimento mensal de R$ 0,15 por cota. No último relatório gerencial, porém, a gestão projeta uma leve queda para R$ 0,12 em função de pagamentos de financiamento e considera o retorno promissor para investidores de longo prazo, ressaltando que os ativos foram adquiridos a um custo baixo, proporcionando uma base sólida para enfrentar oscilações de mercado.
Vedrossi reforça que, enquanto os ativos forem adquiridos a preços justos e localizados em regiões estratégicas, o fundo oferece um potencial significativo de retorno. Em sua visão, para quem busca exposição no setor imobiliário, este é um momento de entrada oportuno, especialmente em fundos com perspectiva de crescimento e rentabilidade sólida.