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Crise na aviação manterá demanda por petróleo em níveis pré-vírus até 2022, diz IEA

16 jun 2020, 14:07 - atualizado em 16 jun 2020, 14:07
Aviação
A agência elevou a projeção para a demanda por petróleo em 2020 em quase 500 mil bpd (Imagem: REUTERS/Toru Hanai)

A demanda por petróleo tem se recuperado após a maior queda da história, registrada em 2020, disse a Agência Internacional de Energia (IEA) nesta terça-feira, mas uma redução em vôos devido a preocupações com o coronavírus significará que o mundo não retornará aos níveis de demanda pré-pandemia antes de 2022.

“Nossa primeira previsão para 2021 como um todo mostra a demanda crescendo em 5,7 milhões de barris por dia (bpd), para 97,4 milhões de bpd, o que seria 2,4 milhões de bpd abaixo do nível de 2019”, disse a IEA em relatório mensal.

“A redução nas entregas de gasolina de aviação e querosene impactarão a demanda total por petróleo até ao menos 2022…a indústria de aviação está enfrentando uma crise existencial”, disse a IEA, com sede em Paris.

A agência elevou a projeção para a demanda por petróleo em 2020 em quase 500 mil bpd devido a importações mais fortes que o esperado na Ásia.

“A forte saída da China das medidas de isolamento fez a demanda em abril quase voltar aos níveis de um ano atrás. Nós também vimos uma forte retomada na Índia em maio, embora a demanda ainda esteja bem abaixo dos níveis de há um ano.”

“Se as mais recentes tendências na produção forem mantidas e a demanda se recuperar, o mercado estará em uma situação mais estável no final do segundo semestre”, disse a agência, em referência a cortes de oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados incluindo a Rússia.

“No entanto, não devemos subestimar as enormes incertezas”, acrescentou a IEA.

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