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Crise imobiliária nos EUA aumenta com disparada dos preços

30 jul 2019, 14:36 - atualizado em 30 jul 2019, 14:36
“Todos os sinais apontam para um mercado imobiliário que deveria estar indo muito bem e não está”, disse Danielle Hale, economista-chefe da Realtor.com (Imagem: Adam Glanzman/Bloomberg)

Hipotecas com baixas taxas de financiamento e ampla oferta de empregos deveriam ser a receita para um mercado imobiliário forte. No entanto, esses fatores têm aprofundado a crise de imóveis acessíveis nos Estados Unidos.

O que começou nas regiões costeiras, como em Nova York e São Francisco, agora se espalha para o coração do país, bem como para cidades como Las Vegas e Charleston, na Carolina do Sul. Pessoas em busca da casa própria se esforçam para encontrar imóveis por um preço acessível, que estão em falta, o que provoca uma disparada dos preços.

Juros mais baixos mudariam pouca a dura realidade: para muitos, os preços subiram muito mais rápido do que a renda, tornando o sonho da casa própria fora do alcance para uma nova geração de compradores. Essa tendência esfria o mercado, e o segundo trimestre de 2019 marcou a maior desaceleração das vendas em cinco anos, segundo a CoreLogic.

“Todos os sinais apontam para um mercado imobiliário que deveria estar indo muito bem e não está”, disse Danielle Hale, economista-chefe da Realtor.com. “A restrição número 1, apesar das baixas taxas das hipotecas, é que as pessoas não conseguem encontrar moradias acessíveis.”

Desde abril, Dean Rusch, de 29 anos, que trabalha em uma empresa química, está tentando comprar uma casa própria por menos de US$ 200 mil em Louisville, no estado de Kentucky. Em três ocasiões, as casas que ele planejava ver foram compradas antes que ele pudesse visitá-las. Rusch finalmente teve uma oferta aceita, acima do preço pedido, para uma casa à venda por US$ 199 mil, mas somente depois que seu corretor trancou a porta durante uma visita, deixando o outro comprador fora. Durante boa parte de sua busca, encontrou poucas boas opções.

“Temos muito mais compradores pré-aprovados para hipotecas do que pessoas comprando casas”, disse Jeff Davis, corretor de Rusch. “O que isso significa é que o problema não está no financiamento. O problema está no estoque.”

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