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Prates vê ‘crise fabricada’ para derrubá-lo e Petrobras (PETR4) esclarece troca na presidência

06 abr 2024, 10:47 - atualizado em 06 abr 2024, 15:11
PETROBRAS PETR4 JEAN PAUL PRATES
Petrobras esclarece que não tem conhecimento de qualquer decisão de substituição do atual CEO (Imagem: Adriano Machado/Reuters)

Os atuais líderes da Petrobras (PETR3PETR4) veem uma ‘crise fabricada’ pelo governo para derrubar o presidente da estatal, Jean Paul Prates. A informação foi dada tanto pela Folha de S. Paulo quando pela CNN.

Segundo interlocutores, Prates não estaria disposto a entregar o cargo. Esta semana, o executivo, inclusive, brincou com a situação em sua conta no X, antigo Twitter, dando a entender que seguirá no comando da estatal.

As informações são de que ele até tentou mobilizar ministros e aliados para permanecer no cargo, alegando que cumpriu a missão de blindar a empresa de interferências do governo. Mas o convite para o presidente do BNDESAloísio Mercadante, parece já ter sido feito.

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A troca no comando da petroleira é cogitada desde quando foi anunciado que o governo não realizaria o pagamento de dividendos extraordinários.

Em esclarecimento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na sexta-feira (5), a Petrobras disse que “não tem conhecimento de qualquer decisão de substituição do atual CEO da companhia”. “Pelas razões expostas acima, a companhia entende que não há qualquer fato relevante sobre o tema a ser divulgado até o presente momento”, afirmou.

A princípio, Prates tem uma reunião marcada com Lula para segunda-feira (8).

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E os dividendos?

Na quinta (4), a Petrobras disse que ainda não decidiu sobre o pagamento de dividendos extraordinários.

A estatal informou que a competência para aprovar a destinação do resultado, incluindo o pagamento de proventos, é da assembleia geral de acionistas, que será realizada no dia 25 de abril.

Segundo informações da colunista d’O Globo, Malu Gaspar, a distribuição de 100% dos R$ 43,9 bilhões extras aos acionistas já foi comunicada a Prates. Agora, a mudança precisa ser chancelada por Lula e aprovada na reunião do conselho marcada para 19 de abril.

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