Crise do mercado editorial: Prejuízo da Saraiva cresce 90,4% no 2º trimestre
O prejuízo líquido da Saraiva (SLED4) aumentou 90,4% no segundo trimestre do ano, de acordo com os dados publicados nesta quarta-feira (14). O valor, negativado em R$ 37,6 milhões entre abril e junho de 2018, passou para R$ 71,6 milhões.
Na comparação do primeiro semestre, o prejuízo subiu 273%, passando de R$ 36,3 milhões para R$ 135,5 milhões.
A receita líquida, que engloba as lojas físicas e o e-commerce, caiu 57,3% no trimestre, fechando em R$ 155,8 milhões. Nos primeiros seis meses de 2019, o valor fechou em R$ 360,5 milhões, queda de 61,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O prejuízo do Ebitda aumentou 91,5% entre abril e junho deste ano, com o volume ficando em R$ 56,4 milhões. Na análise semestral, o valor negativo foi de R$ 4,8 milhões para R$ 103,5 milhões.
A margem Ebitda encerrou o trimestre em -36,2%. No semestre, -28,7%.
As Vendas Mesmas Lojas (SSS), referente às vendas dos estabelecimentos abertos há mais de 12 meses, fechou em -46,4% de abril a junho de 2019 e -52,2% nos primeiros seis meses do ano.
A Saraiva entrou com pedido de recuperação judicial em novembro de 2018. Desde então, a companhia tem adotado várias iniciativas para reverter os efeitos negativos causados pela crise econômica, como construir um plano de reestruturação.
A companhia também disse estar reavaliando suas projeções de vendas no e-commerce para os próximos períodos.
“Observamos uma resistência na retomada das vendas online devido, principalmente, ao acirramento da competitividade na categoria de livraria com a entrada de novos players via marketplace”, explica a livraria.
Diante do agravamento dos resultados, a Saraiva segue fazendo reajustes e mantendo uma visão otimista.
“Por meio de nossas principais iniciativas de readequação do mix de produtos, redução de despesas, apoio de consultorias especializadas e a força da marca Saraiva temos a convicção que iremos superar os desafios atuais”, conclui a companhia.