Criptos que melhor performaram no mês, segundo QR Asset

A QR Asset divulgou seu ranking mensal das criptomoedas que tiveram melhor desempenho no mês passado. Setembro foi um mês neutro no geral, com altos e baixos no mercado como um todo. O Bitcoin subiu 1,24% no mês, enquanto o Ether (ETH) desvalorizou 10,69% no período.

O destaque do mês foi XRP, com 53,02% de alta frente ao real. O token, ligado à empresa de soluções de pagamentos Ripple Labs, voltou a ter vitória nos tribunais, em ação movida contra ela pela SEC. 

Desde o início do processo, que já se arrasta por mais de dois anos, o token XRP vem oscilando fortemente ao sabor das decisões jurídicas. Instaurada no apagar das luzes de 2020, a ação começou com uma série de reveses para a Ripple Labs que, a partir de 2021 começou a ganhar batalhas ao longo do caminho.

No último episódio, a corte de Nova York rejeitou um pedido da diretoria de Finanças Corporativas da SEC, que tentava proibir o acesso a documentos relacionados a um discurso proferido pelo então diretor William Hinman, em 2018, no qual ele dizia que Bitcoin e Ether não seriam valores mobiliários. A Ripple Labs quer usar esse discurso como argumento de que o token XRP também não deveria ser classificado como valor mobiliário. 

ALGO, token nativo da rede Algorand, também foi muito bem no mês, subindo 27,98%. O token ganhou tração com a discussão sobre migração de rede do protocolo de comunicações Helium. O protocolo, que roda em blockchain própria, aprovou uma proposta de migração da sua operação para a blockchain Solana.

No entanto, um fundo de venture capital ligado à Algorand – chamado Borderless Capital – introduziu uma proposta formal para que a comunidade ligada à Helium avaliasse migrar o protocolo para a rede Algorand, ao invés da Solana. 

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Chainlink (LINK) também teve boa performance no mês, subindo 19,55% frente ao real. O protocolo continua ganhando espaço como oráculo de escolha em diversos protocolos de DeFi e, ainda vive a expectativa de que seja anunciado em breve o staking para os detentores do token. No fim do mês aconteceu a Smartcon, conferência organizada pela Chainlink em Nova Iorque, onde havia a expectativa de que algo relacionado a staking fosse anunciado. Essa expectativa foi suficiente para manter os preços de LINK elevados em relação ao resto do mercado. 

ATOM, token da rede Cosmos, que já havia sido o melhor ativo de agosto, subiu mais 15,16% em setembro. Além do entusiasmo crescente sobre o lançamento da funcionalidade “Interchain Security”, o protocolo divulgou no fim de setembro um novo whitepaper, com propostas que aumentam a segurança e interoperabilidade do protocolo. 

Chiliz (CHZ) fecha o ranking do top 5 de setembro com 12,93% de valorização. A blockchain Chiliz é a plataforma que serve como base para todos os fan tokens de times que vêm se multiplicando desde 2021. Já são cerca de 50 fan tokens hoje em dia, com novos clubes fechando contratos praticamente todas as semanas, e com a proximidade da Copa do Mundo o preço de CHZ vem encontrando sustentação no mercado. 

Criptos que pior performaram

No lado negativo da tabela, chama atenção a variação negativa do Ether (ETH). Depois de toda a animação vista até meados do mês com a proximidade do Merge, o ativo teve forte queda pós-Merge.

Além da desmontagem de uma operação grande de ativo spot contra derivativos, o presidente da SEC Gary Gensler deu sinais de que poderia considerar o ETH como valor mobiliário, após a mudança do mecanismo de consenso da rede Ethereum para Proof of Stake. Isso porque os detentores de Ether passariam a auferir renda, caso decidam depositar seus tokens no contrato de staking. A ameaça regulatória exerceu forte pressão negativa sobre os tokens, que fecharam o mês em forte queda.

Metodologia: Foram analisadas as top 40 moedas por capitalização de mercado de acordo com Messari.io. Qualquer ativo que começou ou terminou o mês no top 40 foi considerado. Só não foram considerados os ativos que começaram o mês no top 40 e terminaram fora do top 100. Em seguida, eliminamos da classificação os ativos que possuíam valor de mercado inferior a um bilhão de dólares no início do mês.

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